VIOLÊNCIA SEM FIM Integrantes do MST são metralhados e presidente do PT denuncia repressão contra movimento
A Paraíba insiste em frequentar o noticiário policial. O caso do assassinato de dois integrantes do MST, em Alhandra, mostra o tamanho da insegurança que o Estado vem mergulhado, há anos. Nesse sábado, bandidos encapuzados invadiram o local e metralharam José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, coordenadores do acampamento, que abriga 450 famílias.
O velório, que aconteceu neste domingo (dia 9), teve a presença da senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, que denunciou o clima de criminalização dos movimentos pela terra no Paí:. “Esses assassinatos na Paraíba demonstram a atual repressão contra os movimentos populares e suas lideranças. Lutar não é crime! Nestes tempos de angústia e de dúvidas sobre o futuro do Brasil, não podemos deixar os que detém o poder político e econômico traçar o destino do povo.”
A suspeita é que os assassinatos tenham como motivação a luta pela terra. Levantamento da Comissão Pastoral da Terra indica que pelo menos 70 assassinados no Brasil, em 2017, estavam relacionados a disputas de terra, e que o número é o mais alto desde 2003, quando 73 pessoas foram assassinadas em conflitos fundiários no País.