DOU-LHE DUAS… João exonera assessor de Livânia Farias após decretar intervenção em hospitais terceirizados por RC
O governador João Azevedo não ficou satisfeito “apenas” com a intervenção na terceirização do Hospital de Trauma e mais duas outras unidades (Metropolitano de Santa Rita e Geral de Mamanguape). O Diário Oficial da Paraíba traz ainda exoneração do servidor Leandro Nunes Azevedo, que era assessor da secretária Livânia Farias (Administração).
Pelo se especulou esta manhã (segunda, dia 28), Leandro estaria sendo investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público) do Rio de Janeiro no âmbito da Operação Calvário ( mais em https://goo.gl/7pTKsm). Conforme se apurou, uma segunda fase da operação já estaria para acontecer nos próximos dias, envolvendo provavelmente agentes públicos.
Pra entender – Só pra relembrar: a Operação Calvário, realizada (em 14 de dezembro último) via força tarefa dos Ministérios Públicos da Paraíba e do Rio de Janeiro cumpriu, na Paraíba, mandado de prisão contra suposto integrante (o empresário Roberto Kremser Calmon) de “organização criminosa” infiltrada na Cruz Vermelha gaúcha, que teria desviado algo em torno de R$ 1,7 bilhão no País.
A organização criminosa era, conforme o Ministério Público, chefiada pelo empresário Daniel Gomes da Silva e contava com mais 10 pessoas todas acusadas de desviar recursos públicos em contratos firmados junto a unidades de saúde.
O detalhe foi a revelação de que Jaime Gomes da Silva, um parente bem próximo de Daniel, por uma razão ainda não explicada, doou R$ 300 mil ao então candidato Ricardo Coutinho na eleição de 2010. Atenção: em julho do ano seguinte, a Cruz Vermelha gaúcha fechou o contrato com seu governo.
Só na Paraíba, a Cruz Vermelha gaúcha faturou mais de R$ 930 milhões, durante a gestão Ricardo Coutinho, entre julho de 2011 (quando o hospital teve a gestão terceirizada), até setembro de 2018. O valor saltou de R$ 8,2 milhões ao mês, para mais de R$ 12 milhões atualmente. Era apenas R$ 4 milhões mensais no final do governo Maranhão III, em dezembro de 2010, quando gerida pelo Estado.
Propinas – Segundo apurou o repórter André Coelho, da Globo News, a partir de informações do Ministério Público do Rio de Janeiro, “a quadrilha atuava na Paraíba com o pagamento de agentes públicos”. Os nomes não foram declinados, mas sabe-se que a organização operava sacando dinheiro em espécie para realizar os pagamentos. (Mais no vídeo https://goo.gl/DfneEX, a partir do momento 4:30)