OPERAÇÃO CALVÁRIO João admite que assessor de Livânia foi demitido por estar sob investigação do Ministério Público
O governador João Azevedo admitiu, nesta quinta (dia 31), que a demissão do servidor Leandro Nunes Azevedo, assessor da secretária Livânia Farias (Administração) se deu pelo fato dele estar investigado pela Operação Calvário. “Houve uma solicitação por parte do próprio funcionário que pediu exoneração. Ele se sentiu incomodado de ter sido citado na ação e pediu exoneração”, confirmou Azevedo.
Pra entender – Só pra relembrar: a Operação Calvário, realizada (em 14 de dezembro último) via força tarefa dos Ministérios Públicos da Paraíba e do Rio de Janeiro cumpriu, na Paraíba, mandado de prisão contra suposto integrante (o empresário Roberto Kremser Calmon) de “organização criminosa” infiltrada na Cruz Vermelha gaúcha, que teria desviado algo em torno de R$ 1,7 bilhão no País.
A organização criminosa era, conforme o Ministério Público, chefiada pelo empresário Daniel Gomes da Silva e contava com mais 10 pessoas todas acusadas de desviar recursos públicos em contratos firmados junto a unidades de saúde.
O detalhe foi a revelação de que Jaime Gomes da Silva, um parente bem próximo de Daniel, por uma razão ainda não explicada, doou R$ 300 mil ao então candidato Ricardo Coutinho na eleição de 2010. Atenção: em julho do ano seguinte, a Cruz Vermelha gaúcha fechou o contrato com seu governo.
Só na Paraíba, a Cruz Vermelha gaúcha faturou cerca de R$ 1 bilhão, durante a gestão Ricardo Coutinho, entre julho de 2011 (quando o hospital teve a gestão terceirizada), até setembro de 2018. O valor saltou de R$ 8,2 milhões ao mês, para mais de R$ 12 milhões atualmente. Era apenas R$ 4 milhões mensais no final do governo Maranhão III, em dezembro de 2010, quando gerida pelo Estado.
Propinas – Segundo apurou o repórter André Coelho, da Globo News, a partir de informações do Ministério Público do Rio de Janeiro, “a quadrilha atuava na Paraíba com o pagamento de agentes públicos”. Os nomes não foram declinados, mas sabe-se que a organização operava sacando dinheiro em espécie para realizar os pagamentos. (Mais no vídeo https://goo.gl/DfneEX, a partir do momento 4:30)
Com www.tanaarea.com