VÍDEO Pâmela cobra Justiça para o crime de Bruno Ernesto: “Quantos ainda terão de morrer?”
O evento foi convocado para apoiar as Operações Calvário e Lava Jato, a atuação do Gaeco e cobrar investigações das várias denúncias de corrupção na Paraíba. Mas, foi a ex-primeira-dama Pâmela Bório que pôs o dedo na ferida, especialmente quando se referiu ao crime de Bruno Ernesto. “Bruno Ernesto, eles de calaram. Agora, somos a tua voz. Estamos aqui por Justiça”, afirmou.
Ela se reportou também à Operação Calvário: “Quantos morreram nos hospitais da Paraíba? Quanto sequer chegaram a nascer, por negligência, por desvio das verbas públicas?” Adiante, também se reportou à impunidade reinante no Estado e acusou setores do Judiciário de terem sido lenientes para julgar os vários escândalos que marcaram a história recente da Paraíba.
CONFIRA SEU PRONUNCIAMENTO…
Nota – A AMPB (Associação dos Magistrados da Paraíba) emitiu uma nota, na manhã desta terça (dia 9), a respeito das declarações de Pâmela em relação ao comportamento de alguns magistrados.
CONFIRA A ÍNTEGRA…
A AMPB – Associação dos Magistrados da Paraíba, Entidade representativa dos Juízes de Direito deste Estado, diante de pronunciamentos levianos emitidos pela jornalista Pâmela Bório, por ocasião de manifestação pública ocorrida no último domingo (07), nesta Capital, e repercutidos pela imprensa, vem a público repudiar ataques infundados que maculem a seriedade do Poder Judiciário paraibano, bem como tentem ameaçar a independência judicial de todos os seus magistrados, em qualquer grau de jurisdição.
Como Entidade defensora do Estado Democrático de Direito e das garantias constitucionais, a AMPB reafirma que sempre prezou pela liberdade de expressão, contudo, essa garantia não pode ser exercida de maneira irresponsável, sobretudo por uma profissional da imprensa, que tem o dever de informar de maneira ética, observando a verdade dos fatos.
Ataques infundados à magistratura não atingem apenas os seus membros, mas o próprio cidadão, que precisa de um Judiciário forte, capaz de combater todos os atos de corrupção e garantir os direitos individuais de seus cidadãos, atitudes que o Poder Judiciário paraibano vem desempenhando com profissionalismo e dedicação nos últimos tempos.
Ao atribuir, indiscriminadamente, a prática de crimes de corrupção a integrantes do Poder Judiciário, a jornalista tem o dever de apresentar as devidas provas e acionar os órgãos de investigação competentes. Ao invés disso, agiu de forma difamatória e caluniosa, atentando contra os princípios éticos da profissão que escolheu para seguir.
Por fim, a AMPB espera que prevaleça o respeito ao Poder Judiciário e a seus magistrados, calcado em preceitos éticos mediante o uso da liberdade de expressão responsável, dizendo que adotará medidas jurídicas para resguardar a dignidade de seus membros.
João Pessoa, 09 de abril de 2019.
Juiz Max Nunes de França
Presidente em exercício da AMPB