Rezemos pelo Papa Francisco, confira com o escritor Palmarí de Lucena
Em sua mais recente crônica, o escritor Palmarí de Lucena aborda a cruzada antiglobalização promovida por Steve Bannon e seus seguidores Neonazistas, ultranacionalistas, supremacistas e separatistas brancos, dentre outros simpatizantes do gênero. Palmarí mostra como o Papa Francisco terminou se tornando alvo preferencial desses grupos, por “atuar como um político opositor as ideias do movimento populista nacionalista e de promover a globalização da Igreja”
Confira a íntegra do comentário “Rezemos pelo Papa Francisco”:
O primeiro compromisso do Presidente Bolsonaro nos Estados Unidos, foi um jantar organizado por Steve Bannon, fundador do “alt-right”, um movimento da extrema direita americana e de alguns países europeus, caracterizado pela rejeição do conservadorismo convencional e a militância em defesa dos brancos, resistência a imigração e a inclusão de imigrantes. Neonazistas, ultranacionalistas, supremacistas e separatistas brancos, figuram entre seus simpatizantes. O “guru” Otavio de Carvalho e o Deputado Eduardo Bolsonaro são ativos importantes de Bannon, que indicou o parlamentar do PSL como o líder do seu movimento na América do Sul.
Papa Francisco tornou-se mais um alvo da cruzada antiglobalização promovida por Bannon e seus seguidores. Acusando o religioso que além de ser o líder da Igreja Católica, também atuar como um político opositor as ideias do movimento populista nacionalista e de promover a globalização da Igreja. Posturas vistas como emolduradas por um viés ideológico oposto a políticas americanas, como América First. O Acton Instituto dos Estados Unidos, cuja missão é integrar princípios do Mercado livre com Teologia Crista, discorda publicamente das políticas de bem-estar social, tributação e mudanças climáticas defendidas pelo Prelado.
Bannon, apoiado por alguns membros conservadores do alto clero americano, acusa o Papa de não haver agido com competência e devida seriedade aos escândalos de abuso sexual na Igreja. Insinuando que a instituição está a caminho da falência, “devido ao aparato físico e financeiro da instituição”. Negando o fato de que o Prelado se comprometeu a confrontar decisivamente o fenômeno, que “a Igreja jamais silenciará ou deixará de atuar com seriedade em todas denúncias”. Paradoxalmente, muitos dos seus algozes nunca haviam denunciado tais abusos, quando acusações foram trazidas ao seu conhecimento.