Deputados faltosos ajudam RC a manter veto e irritam professores
Os professores do Estado têm razão de estar muito magoados com os deputados André Gadelha, Daniela Ribeiro, Domiciano Cabral, Edmilson Soares, Márcio Roberto e Wilson Braga. Afinal, graças à ausência deles, na sessão desta quarta-feira (dia 25), o Governo Ricardo Coutinho conseguiu manter o seu veto da MP 196, que detonou o plano de cargos do magistério.
Caso estivessem em plenário, Domiciano e Edmilson talvez votassem com RC e o placar poderia até ser mais elástico pela manutenção do veto. Edmilson com o agravante de ser professor. Braga sendo uma incógnita, diante da falta de visão de que anda acometido, incapaz de decidir se é do Governo ou da oposição. Mas, poderiam votar com os professores.
Os casos de Daniela Ribeiro e André Gadelha, supostamente de oposição, foram mais graves. Se bem que, através de assessores, a deputada justificou sua ausência, argumentando se encontrar em Brasília, participando de um encontro de mulheres do PP. André Gadelha, porém, foi surpreendente. Sendo o líder da oposição, jamais poderia se ausentar.
E olha que, no dia anterior, André participou de reunião com o presidente Ricardo Marcelo e as demais lideranças da Casa, quando ficou deliberada a pauta da votação desta quarta. Justificar a ausência por estar em campanha não convence, porque seu adversário em Sousa, Lindolfo Pires, estava em plenário, defendendo a bandeira do Governo.
Aliás, além de Lindolfo, havia mais três candidatos a prefeito em plenário: Luciano Cartaxo (por João Pessoa), Francisca Mota (Patos) e Guilherme Almeida (Campina Grande). Resultado: se as oposições tiverem um mínimo de juízo, não esperam pelo veredicto das urnas de outubro. Cuidam logo de substituir o líder. Aliás, o próprio André deveria se antecipar e entregar o posto.
Porque, a se manter a atual configuração, a oposição pode ser obrigada a engolir novas derrotas nas próximas votações. Mesmo estando em maioria matemática na Casa.