ELE SE SUPEROU Bolsonaro bate recorde de barbaridades ao defender filho, negar fome no País e atacar governadores do Nordeste
O presidente Bolsonaro conseguiu, em menos de 24 horas, bater seu recorde de barbaridades verbais, uma de suas especialidades. Começou com a afirmação de que no Brasil não há ninguém passando fome. Foi tão descabida e surreal a declaração, que ele se desmentiu logo após, admitindo haver alguns (!) brasileiros que passam fome.
Pra não perder a toada, afirmou, sem qualquer constrangimento que irá, sim, beneficiar seu filho com um filé, referindo-se à sua intenção de nomear um dos três bolsofilhos para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Ele foi também particularmente cruel com a jornalista Miriam Leitão, além de ameaçar fulminar a Ancine (Agência Nacional de Cinema), por causa de “Bruna Surfistinha”.
E, realmente para se superar, disparou contra governadores do Nordeste, em especial Flávio Dino (Maranhão) e João Azevedo. Ou seja, um ataque de desvario atrás outro.
Ora, pode-se até discordar do governo fotocópia preto e branco de João, que tem aproveitado o que de pior herdou de Ricardo Coutinho, como, por exemplo, a insistência em terceirizar unidades de saúde com organizações sociais, apesar delas estarem no epicentro do maior escândalo de corrupção que se tem notícia na Paraíba, e um dos maiores do País.
Pode-se discordar da política fiscal de João, que manteve como regra o caráter de perseguição implantado pelo seu tutor, e que tem provocado evasão de empresas do Estado, com perda de rendas e empregos. Apenas para citar algumas das maiores mazelas da gestão girassol. Mas, nada disso poderia ser justificativa para o ataque gratuito de Bolsonaro.
Suas odientas declarações, com viés racista e de apartheid contra o Nordeste, precisam ser repudiadas de todas as formas. Não se pode por questão ideológica retaliar governadores e prejudicar a população desta forma.
Na verdade, em sete meses de mandato, Bolsonaro já patrocinou alguns dos maiores barbarismos que se tem notícia de um presidente no País. E ainda não mostrou a que veio.