DEMISSÃO DE TORRES Saída do quarteto ricardista pode aumentar abismo de João com RC e fortalecer ascensão de Nonato
Os sintomas já circulavam nos bastidores, e de algum tempo. Sabia-se que o ainda secretário Luís Torres (Comunicação) procurou alguns empresários da área, fazendo uma prospecção para retornar ao batente. A se confirmar sua saída do governo João Azevedo, prevista para agosto, pode completar um ciclo em que praticamente todo o núcleo duro ligado a Ricardo Coutinho está fora do “projeto”.
Neste sentido, Torres se soma a Livânia Farias, Gilberto Carneiro e Waldson de Souza, o quarteto que, disparadamente, deu as cartas na gestão Ricardo Coutinho e tinha tudo para seguir comandando no governo João Azevedo. A oficialização da saída de Torres implica, obviamente, no fortalecimento do secretário Nonato Bandeira, que, nessas circunstâncias, até poderia assumir a Comunicação.
Nonato era visto, no passado, nos primórdios do ajuntamento girassol como o mago que traduzia na comunicação o pensamento ricardista. Depois, foi defenestrado, após defender a candidatura do então prefeito Luciano Agra à reeleição. Nonato aderiu a Luciano Cartaxo, foi seu vice-prefeito, mas depois rompeu e se reconciliou com Ricardo Coutinho, porém nunca foi indultado por ele. Mas, o detalhe é que ele sabia/sabe demais.
Ricardo Coutinho sai, obviamente, enfraquecido da demissão em massa de seus auxiliares mais próximos, caso que, apenas por mera coincidência, precipitou-se com o avançar das investigações da Operação Calvário.