IMPASSE NO PSB Se tiver de escolher, com quem o presidente nacional ficará: Ricardo Coutinho ou João Azevedo?
Por essa certamente o ex Ricardo Coutinho não esperava. Mas, diante da ofensiva para apear o secretário Edvaldo Rosas (Chefe de Estado) da presidência estadual do PSB, o ex-governador experimentou um dissabor que não estava nos planos: o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, afirmou que não vê qualquer problema em Rosas acumular a direção do PSB e a secretaria de Estado.
Em outra mão, diante da estratégia externada pelas principais porta-vozes de Ricardo Coutinho, as deputadas Cida Ramos e Estela Bezerra, que propuseram uma renúncia coletiva do diretório estadual, para viabilizar a saída de Rosas e aboletar o ex-governador na presidência, também há reações. Integrantes da direção, como a deputada Pollyanna Dutra, já se manifestaram em contrário. Não vão renunciar.
Só restaria, a esta altura, um golpe para tirar Rosas à força. O que talvez não se sustente, uma vez que o próprio presidente nacional, a julgar por suas declarações mais recentes, não concorda. Na verdade, Carlos Siqueira certamente não vai abrir mão de ter um governador no partido, caso o clima azede de vez, e João ameace deixar a legenda, ante o assédio ricardista.
Ou seja, entre o ex Ricardo Coutinho e o atual governador João Azevedo, quem o presidente nacional escolheria? Pelo que se comenta na Assembleia, entre alguns deputados do partido, “se a lógica for essa, é melhor Ricardo Coutinho procurar outro partido”.