MANDANDO UM RECADO João cria delegacia de Combate à Corrupção e se distancia de auxiliares ricardistas envolvidos no escândalo da Cruz Vermelha
Pode-se dizer que é como reza o ditado popular: fechar a porta, depois que a casa é arrombada. Refiro-me, meu caro Paiakan, à decisão do governador João Azevedo de instalar uma delegacia de Combate à Corrupção. Esta delegacia já deveria existir há muito tempo. Talvez tivesse evitado o maior escândalo de corrupção que se tem notícia na Paraíba, que foi esse da Cruz Vermelha gaúcha.
De qualquer forma, não deixa de ser uma iniciativa importante, para apurar os crimes que venham a ser praticados a partir de agora. Ainda mais quando sabemos que, ano passado, o governador Paulo Câmara (PSB), do Estado vizinho de Pernambuco, mandou fechar uma delegacia especializada em combate à corrupção. Talvez por uma razão inversa. Tomara que não tenha sido para evitar investigações.
Mas, a decisão de João tem um simbolismo especial: manda um sinal à praça de não concordar com os crimes supostamente cometidos por auxiliares do ex Ricardo Coutinho, envolvidos no escândalo da Cruz Vermelha gaúcha, muitos deles já afastados de suas funções no governo do Estado, como Gilberto Carneiro, Livânia Farias e Waldson de Sousa.