A RODA GIRA RÁPIDO Aliado fiel denuncia ação de RC na “calada da noite” no PSB e deixa presidência: “Fico com João”
Dois oito deputados estaduais, deve ficar apenas com Cida Ramos e Estela Bezerra. Na bancada federal, apenas com Gervásio Filho. Perdeu o senador Veneziano Vital do Rego e, dos 58 prefeitos do PSB, mais de 40 já externaram que fazem opção pelo governador João Azevedo. E, agora, de forma surpreendente, perdeu também Ronaldo Barbosa.
Ronaldo Barbosa é um dos aliados mais leais e mais antigos do ex Ricardo Coutinho, emitiu nota, esta quinta (dia 19), também desembarcando de seu barco, ao renunciar, publicamente, à presidência municipal do PSB. É um duro golpe, mas tem um valor simbólico importante: demonstra o isolamento em que vai afundando o ex-governador após o golpe no comando do PSB e o rompimento com o governador João Azevedo.
Em sua nota, Ronaldo denuncia ação do ex-governador “na calada da noite” para tomar o PSB: “Tal ação (de surpresa), ocorreu de forma autoritária e antidemocrática. Esta ação, entre várias outras que se seguiram, demonstrou que não é na calada da noite, com medidas de força e sem nenhuma transparência que divergências são superadas.” O detalhe é que sua esposa, Walkiria Alencar, já havia se recusado a integrar a comissão provisória presidida por Ricardo Coutinho.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DE RONALDO…
Diversos companheiros e companheiras têm construído ao longo desses anos um projeto político que se expressa no PSB. Projeto esse que saiu vitorioso em vários pleitos eleitorais e que, baseado na estratégia da hegemonia Gramsciana, buscou na ação eleitoral e nos movimentos sociais a consolidação de sonhos por aqueles e aquelas que acreditam no socialismo!
Na última campanha eleitoral, com a vitória deste projeto na Paraíba, nossa militância compreendeu que a construção do mesmo se consolidava e nos colocava no processo de direção da hegemonia do campo democrático e popular em nosso estado.
De repente, fomos surpreendidos por uma ação de destituir a direção estadual eleita democraticamente e por unanimidade no seu último congresso. Tal ação (de surpresa), ocorreu de forma autoritária e antidemocrática. Esta ação, entre várias outras que se seguiram, demonstrou que não é na calada da noite, com medidas de força e sem nenhuma transparência que divergências são superadas.
Sou prova do pedido de Edvaldo Rosas e de Ronaldo Benício, bem como do Prof. Rubens Freire (Vice-Presidente Municipal de João Pessoa) para que a verdade fosse dita. O presidente Nacional da legenda não responde às solicitações desses companheiros. Uma pergunta sem resposta até agora, mas que o povo quer saber: Aonde está a relação dos que pediram (SIC) renúncia do Diretório Regional? (grifo e destaque nosso).
Com diversos companheiros e companheiras, junto com a população, elegemos João Azevedo. Repito, JUNTOS! Não cabem afirmativas “que eu elegi 22 deputados” ou que eu elegi “o Governador”. O maior problema na política é quando o singular busca substituir o plural. O singular nega a história, nega o sujeito histórico, nega o papel do coletivo. A quem prega este singular tem meu repúdio.
Meus companheiros e companheiras são prova do que este Diretório Municipal de João Pessoa buscou na base social a consolidação de seu projeto político numa íntima relação com os movimentos sociais e com os partidos, cuja compreensão o socialismo nos uniu e possibilitou nossa reação ao Governo Bolsonaro.
É sobre esta questão minha outra preocupação: Em um momento em que se precisa dessa unidade, de nossa luta contra o autoritarismo, eis que alguns acham que o problema está no Governo João Azevedo ou em más companhias e até em Edvaldo Rosas. Não concordo com esta irresponsabilidade e quem a cometeu tem que dizer que errou e pedir desculpas ao povo da Paraíba!
Por estas razões e outras (cujo espaço de uma carta não cabe), peço renúncia da Presidência do PSB de João Pessoa e de seu Diretório Municipal. Fui Fiel ao projeto em 2004, em 2006, em 2008, em 2010, em 2012, em 2014, 2016, 2018, e continuo fiel a esse projeto e ao governador eleito por nós, João Azevedo. Quem quer romper com João Azevedo, que o faça, mostrando as razões, as divergências políticas. Se não o fizerem, a história cobrará!
“Dizer a verdade é sempre revolucionário”.
(Gramsci)