CALVÁRIO DO IPEP Diretores da PBPrev parentes de Ricardo Coutinho e Laura Farias se reúnem com Gilberto para evitar pagamento
É praticamente impossível que o governador João Azevedo não saiba. Mas, o fato é que, logo após a decisão do juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda Pública), determinando o bloqueio de R$ 5 milhões do Estado para o pagamento do pessoal do Ipep, diretores da PBPrev e IASS foram se reunir com o ex-procurador Gilberto Carneiro, na tentativa de encontrarem uma saída de não efetuarem o pagamento.
Segundo informações repassadas ao Blog pelos próprios servidores, estiveram com Gilberto Carneiro o presidente da PBPrev, Iury Simpson, e a presidente do IASS, Laura Farias. Eles têm ainda o apoio da diretora administrativa e financeira da PBPrev, Adriana Suellen Veras de Sousa. Iury, como se sabe, é casado com uma sobrinha do ex Ricardo Coutinho. Adriana, com um sobrinho do ex-governador.
Já Laura Farias foi denunciada, recentemente, pelo Gaeco por participação no esquema conhecido como Propinoduto. O esquema foi descoberto durante uma blitz em 2011, quando foi apreendida uma mala com R$ 81 mil em espécie, e um bilhete indicando as pessoas beneficiárias da propina, ainda segundo as investigações: Gilberto Carneiro, Livânia Farias, Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho e Laura Farias.
Gilberto Carneiro, também denunciado no caso Propinoduto, já foi condenado pelo juiz Adílson Fabrício, a cinco anos de prisão, pelo crime de falsificação de documentos, e ainda denunciado pelo Gaeco por peculato, no âmbito da Operação Calvário. Gilberto foi exonerado da Procuradoria-Geral do Estado, desde abril, após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência.
Mandado – O juiz Gutemberg Cardoso mandou citar, desde a noite desta quarta-feira os presidente da PBPrev e IASS, após confirmação do bloqueio de R$ 5 milhões dos cofres do Estado para o pagamento do pessoal do antigo Ipep. Cabe, a partir da citação, que determinem a implantação da decisão do juiz, ou seja, o pagamento integral dos salários dos servidores, que foi reduzido, desde 2011, por ordem do ex Ricardo Coutinho.