XEQUE MATE 5 Empresas familiares teriam fraudado licitações para pagar propina a agentes públicos
Durante entrevista esta manhã, no âmbito da Operação Xeque Mate 5, o delegado da Fabiano Emídio de Lucena Martins (Polícia Federal), revelou que duas empresas, com ligações familiares entre si, são suspeitas de simular concorrência e superfaturar licitações de compra de medicamentos em Cabedelo, para pagar propina a agentes públicos.
Os indícios, ainda segundo o delegado, foram obtidos a partir de “um trabalho de auditoria extremamente complexo e pormenorizado, as buscas de hoje foram medidas cautelares que visam a obtenção de mais provas”. Os crimes seriam de fraude licitatória, corrupção ativa e passiva e formação de organização criminosa.
Conforme Israel José de Carvalho, diretor de Operações Especiais da CGU (Controladoria Geral da União), a prefeitura de Cabedelo movimentou na área da saúde R$ 170 milhões desde 2014, dos quais R$ 60 milhões em recursos federais.
Israel revelou ainda que onze empresas teriam participado da fraude, mas a operação de hoje focou apenas em duas e poderiam atuado também em Mamanguape, Gurinhém, Conceição, Pedra Lavrada, São Vicente do Seridó e Itaporanga.