NO RASTRO DA CALVÁRIO Governo decreta intervenção em hospital terceirizado por OS que recebeu R$ 182 milhões na gestão Ricardo Coutinho
O governador João Azevedo anunciou, em nota oficial, intervenção nos hospitais Metropolitano de Santa Rita e o Regional de Mamanguape, que tinha a gestão terceirizada, desde o governo Ricardo Coutinho, com a organização social Ipecp (Instituto de Psicologia Clínica, Educação e Profissional).
Na nota, o governo do Estado alega que a medida é consequência da Operação Calvário 5, que identificou fraudes cometidas pela OS. Além da intervenção, também determinou o afastamento de todas as pessoas responsáveis pela gestão da organização social.
Calvário 5 – A força tarefa da Operação Calvário, incluindo Gaeco e Polícia Rodoviária Federal, cumpriu vários mandados de busca e apreensão, nesta quarta (dia 8), que resultou na prisão do secretário Ivan Burity (Executivo de Desenvolvimento e Turismo do Estado).
As investigações tiveram como foco, especialmente, as ligações incestuosas de integrantes do governo Ricardo Coutinho com a organização social Ipsep, considerada um braço da Cruz Vermelha gaúcha, que tinha contratos de terceirização nas áreas de Saúde e Educação.
Pagamentos – O Blog obteve informação de que, entre 2017 e 2018, o Ipcep faturou R$ 182 milhões com o Hospital Geral de Santa Rita… Com o detalhe que o hospital só veio a ser inaugurado em abril de 2018.
Os dados constam de recente decisão da juíza Andréa Gonçalves Lopes Lins (5ª Vara Criminal). Conforme ainda a magistrada, Daniel Gomes da Silva, considerado o chefe da organização criminosa, gerenciava os contratos de gestão do Ipcep (e Cruz Vermelha gaúcha) e desviava os recursos para abastecer agentes públicos na Paraíba.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA…
O Governo do Estado, diante do ocorrido nesta quarta-feira (9) e visando preservar as instituições e manter os serviços hospitalares com o devido atendimento à população, determinou a intervenção nos hospitais Metropolitano de Santa Rita e o Regional de Mamanguape, ao mesmo tempo que decidiu pelo afastamento imediato de todas as pessoas responsáveis pela administração da Organização Social citada nesta nova etapa da Operação Calvário.