SEGUE O CALVÁRIO Deputada diz ter vida pública “sem mácula”, critica “ilações” do Gaeco e não vê crime em indicar alguém para cargos
A deputada Estela Bezerra, em nota distribuída à Imprensa, refuta recente despacho do desembargador Ricardo Vital, em que ele passa à condição de investigada no âmbito da Operação Calvário, por supostas ligações perigosas com a Cruz Vermelha gaúcha, com a indicação de funcionários e até parentes próximos. “Tenho uma vida pública sem qualquer mácula.”, diz na nota.
Estela pede apuração “imediata” das denúncias e diz estar disposta a abrir seu sigilo bancário, telefônico e fiscal: “Quero aqui demonstrar o meu interesse em colaborar com as investigações para que a verdade real seja reestabelecida.” Quanto às nomeações que emplacou na Cruz Vermelha, a deputada disse, em pronunciamento na Assembleia, que não vê crime em indicar alguém para algum cargo.
“São ilações graves (do Gaeco), em que se trata como crime algo que não é crime. Afinal, é crime alguém que não tem caneta indicar uma pessoa para ocupar um cargo?”, indagou, e ainda pontuou: “Não se pode tratar um agente público da maneira como estou sendo tratada.”
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA…
“Nas últimas horas fui surpreendida, negativamente, com uma medida cautelar na qual sou citada, com ilações que me acusam de ser uma suposta suspeita de um processo de investigação em andamento no Ministério Público Estadual (MPE).
Levei algum tempo para compreender os motivos pelos quais fui arrolada em um processo do qual não sou parte e figurar em um capítulo cuja a arguição trata da competência originária da Corte. Contudo, quero aqui demonstrar o meu interesse em colaborar com as investigações para que a verdade real seja reestabelecida.
Devo dizer em meu favor que tenho uma vida pública sem qualquer mácula. Sou deputada de segundo mandato, aprovada pela opinião pública através do voto popular. Minha entrada na democracia representativa é fruto de uma trajetória de luta por diretos sociais, por justiça social, por cidadania, por democracia participativa e por transparência pública.
Antes de ter mandato, fui ativista e defensora dos direitos das minorias, gestora e ordenadora de despesas à frente da Coordenadoria das Mulheres, da Secretaria de Transparência Pública, da Secretaria de Planejamento e, por fim, da Secretaria de Comunicação do Estado, sem que nada possa ser utilizado contra a minha conduta ética e moral.
Quero apuração imediata. É a minha imagem, a minha reputação e o respeito das pessoas que confiam em mim que está em jogo. E, a despeito de qualquer foro privilegiado, coloco meus sigilos bancário, patrimonial e telefônico à disposição. Estou apresentando petição junto ao MPE e ao Tribunal de Justiça. Tenho endereço fixo e nada tenho a esconder da Justiça, nem do povo da Paraíba.
Sobre mim, deveria pesar a presunção de inocência, como a todo cidadão do Estado de Direito, onde as instituições públicas possuem papéis definidos e disciplinados por leis. O processo tem rito e, por justiça, precisa inquirir antes de acusar. O contraponto disso é o processo inquisitório que condena antes de ouvir.
Por fim, quero reafirmar a toda sociedade, que os compromissos da agenda socialista de soberania popular, garantia e igualdade de direitos e sustentabilidade são a prioridade do nosso mandato.
Seguiremos com o trabalho, o respeito e a responsabilidade que sempre conduziram minha vida pública.”