DOU-LHE UMA: Ney vira réu em ação penal por envolvimento com propina de US$ 17,6 milhões em afretamento de navios da Petrobrás
O ex-senador Ney Suassuna voltou ao olho do furacão. Suassuna foi denunciado no âmbito da Operção Lava-Jato por envolvimento com ex-cônsul honorário da Grécia, no Rio de Janeiro, Konstantinos Kotronakis, num esquema de corrupção identificado em contratos de afretamento de navios firmados com armadores gregos pela Petrobrás.
Segundo as investigações, eles formariam uma organização criminosa com prática de crimes de pertinência, corrupção e lavagem de dinheiro em contratos com navios da Petrobras, entre 2006 e 2008, que teriam gerado, pelo menos, US$ 17,6 milhões em propinas e comissões ilícitas. Há vários outros indiciados, entre os quais Herny Hover, ex-assessor de Ney.
A ação penal vem do último mês de agosto.
Esquema – Conforme O Estadão, os armadores gregos Athenian Sea Carriers, Tsakos Energy Navigation, Dorian (Hellas) e Aegean Shipping Management teriam efetuado pagamentos de propina e comissões ilícitas na razão de 2% do valor dos contratos de afretamento para contas bancárias de empresas offshores vinculadas a Konstantinos mantidas na Grécia, Luxemburgo, Reino Unido e Suíça.
As investigações apuraram, também, que as propinas foram divididas entre funcionários da Petrobras, como Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Dalmo Monteiro Silva, ex-gerente de afretamentos, bem como agentes ligados ao PP, enquanto as comissões ilícitas restantes eram repartidas entre os agentes intermediários do esquema, notadamente Konstantinos e Georgios Kotronakis, Ney, Henry Hoyer, João Henrique Hoyer, Jorge Luz e Bruno Luz.
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