ESTRANHAMENTO NA CALVÁRIO Conselheiro teria arquivado 21 processos contra Livânia sem sequer avaliar mérito
O caso chamou a atenção do Ministério Público da Paraíba, especialmente do pessoal do Gaeco, diante da constatação de que o conselheiro André Carlo Torres Pontes, enquanto presidente do Tribunal de Contas do Estado, decidiu arquivar sem apreciação de mérito nada menos do que 21 processos suspeitos de licitações contra a ex-secretária Livânia Farias.
Livânia, como se sabe, foi presa durante as primeiras fases da Operação Calvário, que desbaratou um dos maiores esquemas de corrupção do País infiltrado na Cruz Vermelha gaúcha. A ex-secretária foi libertada, após negociar uma colaboração premiada com a força tarefa que conduziu as investigações e, não apenas confessou vários delitos, como entregou outros participantes do esquema.
A revelação de que o conselheiro arquivou os processos contra Livânia, ainda em 2015, foi do empresário Rodolfo Pinheiro, durante o programa Intrometidos da última segunda (dia 18). O estranhamento do Gaeco em relação às decisões do conselheiro se deve, aparentemente, ao fato de que a ex-secretária confessou ter cometido os delitos. E mesmo assim teve seus processos arquivados.