EM EVENTO DO PSB Ricardo Coutinho volta a destilar mágoas com João na sexta-feira, 22: “Não traio ninguém, eles me traem”
Se o evento do final de semana foi pensado como o pontapé da campanha do PSB para a prefeitura de João Pessoa em 2020, não poderia ter sido mais merencório. Ainda mais porque, em sua fala, o ex Ricardo Coutinho destilou muitas mágoas e ressentimentos, que são más conselheiras nesses momentos de tensões, rompimentos e avançar da Operação Calvário.
Durante evento realizado, em uma igreja evangélica no conjunto Gervásio Maia, na noite de sexta-feira, que nem foi 13, Ricardo Coutinho desabafou para uma plateia diminuta e pouco entusiasmada (dava pra contar nos dedos da mão), ao comentar sobre coerência (sic!) política: “Eu não traio ninguém, são eles que me traem.” Tadinho, como pareceu tão desprotegido…
Tão distante do ferrabrás que foi atrás de praticamente todas as lideranças, de todos os lados da política da Paraíba, para construir sua trajetória eleitoral, como Maranhão, Cássio, Cartaxo, Efraim, o PT e companhia, para depois trair a todos com sua imperiosa necessidade de se mostrar o cara. Tão longe daquele façanhudo que prometeu surras de varas em adversários, que utilizara recentemente como aliado.
Também durante o evento, Ricardo Coutinho abriu fogo contra a gestão do prefeito Luciano Cartaxo, criticando a lentidão de administração e chegou mesmo a afirmar que, enquanto ele (RC) foi prefeito fez mais “por João Pessoa, do que o atual prefeito”.
Quem esteve no evento percebeu o evidente desânimo nesse “início de caminhada”, tanto da assistência, reduzidíssima, como dos atores principais, como o próprio ex-governador, a deputada Cida Ramos (talvez o nome mais consistente ali presente) e o deputado Gervásio Maia. Ainda mais quando, em certo momento, RC insinuou que não deve ser o candidato, flertando para Gervásio.
Claro que quer ser o candidato, apesar de negar. O problema são as pedras no caminho até outubro do próximo ano. Muitas. Um verdadeiro calvário se avizinha no horizonte. De toda sorte, não restou outra coisa que não fosse jogar para a plateia, numa melancólica sexta (dia 22), em que tudo que as pessoas mais queriam era encerrar o ofício e iniciar o final de semana.
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