MAIS UM CAI NAS MALHAS Ministro determina afastamento de Santiago suspeito de participar de esquema criminoso
Os agentes públicos da Paraíba não param de surpreender. Nas primeiras horas dessa manhã (sábado, dia 21), com a deflagração da Operação Pés de Barro, o ministro Celso de Mello (Supremo Tribunal Federal) determinou o afastamento do deputado Wilson Santiago, por envolvimento em esquemas de superfaturamento de obras no interior do Estado.
Nas investigações da Polícia Federal, Wilson terminou citado em delações que foram homologadas por Celso de Mello. As informações da delação seguem em sigilo. Mesmo afastado pelo ministro, Santiago deve manter seu mandato. Como se sabe, por entendimento do próprio STF, quem determina se ele perde ou não o mandato são os seus colegas na Câmara Federal.
Moro – Logo após a deflagração da operação, o ministro Sérgio Moro (Justiça) chegou a se manifestar no twitter: “Quase encerrando o ano, a Polícia Federal realiza mais uma operação relevante contra a corrupção e a lavagem de dinheiro autorizada por decisão do ministro Celso de Mello do STF. Buscas, prisões preventivas e outras medidas importantes.”
PF – Já a Polícia Federal divulgou: “A PF deflagrou, hoje, a Operação PÉS DE BARRO cujo objetivo é desarticular ORCRIM responsável por superfaturamentos de obras no sertão da Paraíba. A ação conta com 80 policiais federais e ocorre nas cidades de João Pessoa/PB, Brasília/DF, Uiraúna/PB e São João do Rio do Peixe/PB.”
No total, a Polícia Federal cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, São João do Rio do Peixe, Uiraúna (PB) e Brasília (DF). Segundo informações preliminares, a PF teria um acervo de áudios e vídeos do deputado negociando o pagamento das propinas.
Santiago – Em nota, o advogado Luiz Henrique Machado afirmou recebeu com respeito a decisão do ministro Celso de Mello, mas disse estar “absolutamente tranquilo” e demonstrará, no devido tempo, a sua inocência.
Esquema – A suspeita da PF sinaliza pagamento de propina no valor de R$ 1,2 milhão. O dinheiro teria vindo do superfaturamento nas obras de construção de um sistema adutor entre as cidades de São José do Rio do Peixe e Uiraúna, obra estava orçada inicialmente em R$ 24,8 milhões, ainda de acordo com a polícia.
(Mais em http://bit.ly/2sPLrY5 e http://bit.ly/2Q7Qfjn)