CASO IPEP Supremo adia mais uma vez julgamento de ação alegada por desembargador para suspender pagamentos
Os funcionários do antigo Ipep receberam com amargura mais um adiamento de julgamento da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), no Supremo Tribunal Federal. Como se sabe, o desembargador Márcio Murilo suspendeu decisão de seu colega José Ricardo Porto, que foi em favor do pagamento integral dos salários aos servidores, alegando necessidade de esperar a decisão sobre a ADPF.
O julgamento já foi adiado duas vezes, em menos de um mês. Estava programado para essa quarta (dia 19), e foi postergado para 4 de março. “Uma coisa absurda e difícil de acreditar tamanha maldade e terrorismo com a vida de mais de 1.200 famílias”, lamentou a sindicalista Tânia Mendes. A ADPF tem como relator o ministro Luiz Fux.
E arrematou: “A injustiça é algo que não deveria existir em nenhum aspecto, porque desestimula, desencoraja, desacelera qualquer atitude, dando lugar a tristeza e a impunidade. Na Paraíba, se prolifera com velocidade, criando um enorme descredito para a população. É no mínimo revoltante o que tivemos que ver hoje dia (18.02,2020), com a votação do habeas corpus do ex-governador RC, uma vergonha nacional, somos um país sem lei, onde o crime verdadeiramente compensa.”
Pelo que circulou nos bastidores, o adiamento teria sido mais uma ação protelatória de advogados do governo João Azevedo, que ainda operam na lógica deixada pelo ex Ricardo Coutinho.