CALVÁRIO NELES! Polícia Federal nas ruas de João Pessoa e Bananeiras cumpre 9 mandados de busca e a prisão de radialista suspeito de extorsão
Impressiona como, nos últimos tempos, os paraibanos têm acordado sobressaltados com a Polícia Federal e o Gaeco nas ruas. Nesta terça (dia 8), por exemplo, ocorreu com a nova fase da Operação Calvário, a 8ª. Impressiona ainda mais como em qualquer área que se investigue há irregularidades neste governo girassol. A rapina aos cofres públicos, que poderia ser uma exceção, virou uma regra.
Antes, já foi Educação e Saúde, com um escândalo bilionário, que resultou, inclusive, na prisão daquele que foi considerado o chefão da organização social pelo Gaeco: Ricardo Coutinho. Junto com ele, todo seu time de aproximados, como seu irmão Coriolano, seu advogado Francisco das Chagas Ferreira, seu ex-auxiliares Gilberto Carneiro, Waldson de Sousa, Ivan Burity e Livânia Farias, dentre outros. O núcleo duro da orcrim.
Agora, as investigações chegam na Lotep, para azar de mais personagens e, desta vez, alcançaram um auditor do Tribunal de Contas do Estado, onde três conselheiros já estavam envolvidos (André Carlos Torres, Artur Cunha Lima e Nominando Diniz), e também radialista Fabiano Gomes, que teve, inclusive, a prisão decretada pelo desembargador Ricardo Vital.
Fabiano, como se sabe, já foi preso antes, na Operação Xeque-Mate, onde cumpriu, inclusive, medidas cautelares.
Objetivos – Em nota, a Polícia Federal revelou que objetivo dessa nova fase da Calvário foi “investigar indícios de lavagem de dinheiro de recursos desviados de organizações sociais da área da saúde, por meio de jogos de apostas autorizados pela Loteria do Estado da Paraíba“.
Diz ainda que “recursos foram desviados com a participação de auditor do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que teria recebido vantagem indevida para embaraçar ou obstar a fiscalização nas organizações sociais“.
Gomes – Diz ainda a nota: “O aprofundamento do trabalho investigativo também apontou no sentido de embaraços à própria Operação Calvário, mediante a atuação de um profissional jornalista (Fabiano Gomes), o qual se valia de seus canais de imprensa para constranger investigados ou potenciais investigados a lhe pagarem vantagem indevida, sob pena de revelar conteúdo sigiloso, ofendendo, por via reflexa, a honra objetiva de autoridades responsáveis pela apuração, referidas indevidamente como fontes do acesso privilegiado.”
Dados – A operação contou com a participação de 55 policiais federais, e cinco auditores da CGU (Controladoria Geral da União), sendo realizado o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, e no TCE, nas cidades de João Pessoa e Bananeiras, bem como o cumprimento de um mandado de prisão.
LOCAIS DE BUSCA A APREENSÃO…