DESDOBRAMENTO DA CALVÁRIO Fabiano Gomes é liberado da prisão após cumprir temporária
O radialista Fabiano Gomes foi solto, esta quinta (dia 19), segundo informações de seus advogados. O radialista, como se sabe, estava preso desde a Operação Calvário 8, por determinação do desembargador Ricardo Vital. Com sua prisão era temporária, e já havia sido estendida (por cinco dias), ele foi liberado para deixar o presídio do Róger.
Ainda segundo seus advogados, já havia, inclusive, sido protocolado um pedido de soltura, independente dos prazos da temporária, considerando que, diante do avanço do coronavírus, Fabiano se encontra no grupo de riscos, dadas suas fragilidades clínicas.
Extorsão – Gomes – Conforme nota da Polícia Federal, “o aprofundamento do trabalho investigativo também apontou no sentido de embaraços à própria Operação Calvário, mediante a atuação de um profissional jornalista (Fabiano Gomes), o qual se valia de seus canais de imprensa para constranger investigados ou potenciais investigados a lhe pagarem vantagem indevida, sob pena de revelar conteúdo sigiloso, ofendendo, por via reflexa, a honra objetiva de autoridades responsáveis pela apuração, referidas indevidamente como fontes do acesso privilegiado.”
Pra entender – Conforme despacho do desembargador Ricardo Vital, são evidentes das ligações entre o radialista e o ex Ricardo Coutinho, com um assunto incendiário envolvendo o pagamento de propinas. Propinas que se fabricavam até a partir até da compra de gasolina. Ricardo Coutinho, como se sabe, foi considerado o chefe da organização criminosa desbaratada pelo Gaeco.
O desembargador cita, num dos casos, que o ex-governador teria autorizado Fabiano a movimentar mais de R$ 11 milhões com a empresa Maxfrota Veículos, para, em tese, transformar gastos com cartão de combustível em propina. Em mensagens de whatsapp colhidas pelos investigadores, consta inclusive a curiosa rubrica “tanques c/dinheiro”.
Em outro trecho, consta uma “anotação que possivelmente se refere, ao que indicam as evidencias, a um repasse de R$ 100.000,00 para o jornalista Luis Torres (LT) feito por Ricardo Coutinho a pedido de Fabiano Gomes da Silva. (sic)”.
Empresas – Além disso, conforme o Gaeco, Fabiano Gomes “se encontra vinculado ao quadro societário de sete empresas (cujos dados estão discriminados em quadro contido na peça cautelar), dentre as quais se destaca a Artfinal de Propaganda Ltda, que teria recebido do Governo do Estado da Paraiba o vultoso montante de R$ 9.101.776,22… “ E há suspeitas que a empresa seja na verdade “da família Coutinho”.