EFEITO CALVÁRIO Aprovação pessoal do ex Ricardo Coutinho despenca de 80% (em 2018) para cerca de 10%, dizem especialistas
Afora algumas raras aparições em público, o ex Ricardo Coutinho, aparentemente, tem feito sua própria quarentena, e não apenas por conta do coronavírus: talvez por conta do próprio vírus da rejeição que contaminou todos aqueles envolvidos no esquema criminosa desbaratado pela Operação Calvário. Um calvariovírus igualmente letal.
Letal, porque o dinheiro desviado da Saúde (e não apenas da Saúde), provocou muitas mortes de paraibanos, por falta de uma assistência decente em hospitais terceirizados. Letal também para a imagem do ex-governador. Informações obtidas pelo Blog junto a pesquisadores da área de mídias digitais sinalizam números devastadores de rejeição popular.
Quando deixou o governo, no final de 2018, pesquisas divulgadas pelo próprio governo indicavam que sua aprovação pessoal oscilava em torno de 80% de aprovação popular, apesar da eclosão da Operação Calvário, em 14 de dezembro daquele ano. Tanto que seus assessores cuidavam de espalhar em redes sociais que ele seria candidato a prefeito de João Pessoa. E seria imbatível.
Bem, após um ano e alguns meses, eis que o seu prestígio despencou daqueles celebrados 80% de aprovação para apenas algo em torno de 10%. E segue caindo, conforme revelou ao Blog o pesquisador Alec Maracajá, especialista em pesquisas em mídias digitais, que realiza pela sua empresa, a AtivaWeb. Trata-se talvez da maior queda de popularidade que um líder político já experimentou por essas latitudes.
Como, obviamente, o ex-governador tem esses números, porque ainda mantém uma equipe de profissionais de comunicação e mídias digitais (afora, claro, os advogados) trabalhando sob sua orientação, então sabe do tamanho do estrago. Uma erosão que só aumenta toda vez que aparece em lives e entrevistas. Basta ver os comentários que se seguem às suas aparições.
Se bem que, para pessoas de seu temperamento, a ficha demora a cair. Mas, cai.