A VOLTA DA BARBÁRIE (vídeo) Militantes extremistas agridem jornalistas e defendem intervenção militar
Foram absolutamente inaceitáveis os atos de violência patrocinados por extremistas, defensores de Bolsonaro, contra profissionais de comunicação, em Brasília, neste domingo, dia ironicamente reservado à Liberdade de Imprensa. Manifestações dessa natureza, movidas pelo ódio, representam uma afronta à Constituição e um atentado à democracia, que tem como essência basilar a convivência dos contrários.
Da mesma forma que militantes, de qualquer viés ideológico, têm a liberdade de ir às ruas expressar suas convicções, também os profissionais de Imprensa que, afinal, são, antes de tudo, cidadãos, também devem ser livres para pensar e externar suas ideias sem serem molestados por quem pensa diferente. Quem não concordar com a informação prestada pelo profissional de Imprensa, basta não consumir.
O ataque ao livre pensar é a antessala das ditaduras. Há alguns meses, o mundo viu como funciona o mecanismo que preside uma ditadura. Um médico que teve a ousadia de alertar seu País do surgimento de um novo vírus, foi brutalmente censurado pelo governo chinês e tornou-se o primeiro mártir num regime de exceção, que impede a livre manifestação das pessoas e impõe mordaças, às vezes, mortais.
É isto que queremos para o Brasil? Quem defende ditadura não tem ideia do que sejam os regimes de exceção, com a supressão das liberdades de expressão e de ir e vir, com os julgamentos sumários e a opressão em todas suas manifestações mais perversas. Os brasileiros não foram às ruas, desde as Diretas Já e a redemocratização do País para, agora, simplesmente voltarmos às trevas.
Discordar é da democracia. E todas as manifestações que expressem a indignação das pessoas, sejam de quais forem suas ideologias, são da dinâmica da democracia. Mas, todas as iniciativas que buscam pela via da violência calar os contrários é a barbárie. E não é isso que queremos para o País.
O JORNAL ESTADÃO VEICULOU UM VÍDEO COM O FLAGRANTE DAS AGRESSÕES…