NÃO VAI FICAR ASSIM João terá de dar explicações após a pandemia sobre contratos elevados e aumento de impostos
O governador João Azevedo, não talvez agora, porém com o passar da crise do coronavírus, terá de dar muitas explicações. Aos órgãos de fiscalização da aplicação de recursos públicos e, especialmente, aos paraibanos. A avalanche de contratos realizadas sob os auspícios do estado de calamidade chama atenção para excessos, e o fato levanta muitas suspeitas.
Não ficou muito bem explicada, por exemplo, a compra de 105 respiradores, por R$ 19,9 milhões, o que deu R$ 189,5 mil, por cada aparelho. Pelo menos quatro vezes do que pagaram outros governadores. Depois, a aquisição 40 mil máscaras de modelo N95, pelo valor de R$ 54,99, numa operação no valor de R$ 2,1 milhões. O caso chamou, inclusive, atenção do Ministério Público de Contas.
E, pra arrematar, um aumento escandaloso de impostos sobre produtos na fronteira do Estado, isto em plena pandemia. O caso alertou os empresários paraibanos e João Azevedo, diante do descalabro fiscal, e de toda reação da sociedade, decidiu recuar. Menos mal, talvez se fosse o seu mentor, o ex Ricardo Coutinho, até mantivesse o aumento por birra, capricho e até mesmo perseguição, como tantas vezes se viu, nos últimos nove anos.