CASO DA CAIXA DE VINHO Juíza também se averba suspeita em denúncia contra Ricardo Coutinho e mais quatro
A juíza Shirley Abrantes Moreira Régis (6ª Vara Criminal) também se averbou suspeita na denúncia protocolada pelo Ministério Público (Gaeco) contra o ex Ricardo Coutinho e mais quatro pessoas, no episódio da caixa de vinho contendo R$ 900 mil. A magistrada repetiu, nesta segunda (dia 18), procedimento do juiz Giovanni Magalhães Porto (5ª Vara Criminal), que havia se declarado impedido na última sexta-feira.
Os dois magistrados alegaram razões de foro íntimo. Com isso, o Tribunal de Justiça distribuiu o processo para o juiz Geraldo Emílio Porto (7ª Vara Criminal), que deverá se pronunciar sobre a denúncia do MP nas próximas horas. A denúncia envolve, além de Ricardo Coutinho, o lobista Daniel Gomes da Silva, sua secretária particular Michele Louzada Cardoso, a ex-secretária Livânia Farias e o ex-assessor Leandro Nunes Azevedo.
No Rio – A denúncia protocolada pelo MP traz a responsabilização penal de Ricardo Coutinho em “evento criminoso em que Leandro Nunes Azevedo esteve no Rio de Janeiro/RJ, em agosto de 2018, por ordem de Livânia Maria Farias e sob o comando maior do ora denunciado Ricardo Vieira Coutinho, e ali dolosamente recebeu cerca de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) das mãos de Michelle Louzada Cardoso, então secretaria de Daniel Gomes da Silva.”
Além de ser apontada como autor intelectual, Ricardo Coutinho também era “o destinatário final de todos os valores ilícitos angariados pela Orcrim telada, gozava o denunciado das vantagens políticas proporcionadas por eles, especialmente no caso sob exame, em que parte do supracitado montante foi utilizado no plano da organização criminosa de manter a captura do poder político do Estado da Paraíba, o que era fundamental para a continuação dos esquemas de desvios de verbas públicas encetados”.