DINHEIRO DA PANDEMIA Operação investiga em Alhandra desvio de R$ 5,3 milhões com fraudes em licitações e favorecimento de familiares de políticos
Alhandra amanheceu no epicentro da Operação Estirpe, deflagrada a partir de irregularidades detectadas em relatórios do Tribunal de Contas do Estado, dentre elas fraudes em licitações que propiciaram “a contratação de empresas cujos titulares possuem relação de parentesco ou amizade com os gestores do município”.
“Os pagamentos realizados pela prefeitura de Alhandra, em favor das empresas investigadas, totalizam o montante de R$ 5.387.178,47”, conforme nota divulgada pelo TCE. A operação mobilizou uma força tarefa integrada pela Controladoria Geral da União, Gaeco e Polícias Civil e Militar comandou as diligências nesta sexta (dia 10).
Auditoria – A investigação começou a partir da realização de um pregão presencial para a aquisição de plantas ornamentais, em plena situação de emergência e de restrição financeira causada pela Covid-19. O aprofundamento das investigações possibilitou a constatação de indícios de irregularidades em outras licitações e dispensas vencidas por empresas ligadas a familiares e amigos dos gestores do Município.
Dentre as irregularidades apontadas, constam o direcionamento da contratação para determinadas empresas, favorecimento a licitantes, contratação de empresas com estruturas incompatíveis com o volume de produtos/serviços a serem fornecidos ao município.
O esquema possibilitou a ocorrência de desvio de recursos públicos que poderiam ser utilizados tanto no combate à pandemia do coronavírus quanto em outras ações e serviços públicos voltados à melhoria da qualidade de vida da população do Município de Alhandra, que atualmente conta com aproximadamente 400 casos registrados de pessoas que contraíram a Covid-19.