MESMO COM TORNOZELEIRA Ricardo Coutinho admite candidatura e alega perseguição do Gaeco: “Não tenho uma penca de banana comprada que não seja com dinheiro meu”
O ex Ricardo Coutinho declarou à Imprensa, após mais uma denúncia do Ministério Público, que se trata de uma tentativa de impedir sua candidatura a prefeito de João Pessoa. Mais que isso, ele afirmou: “Não tenho uma penca de banana comprada que não seja com dinheiro meu”. O ex-governador já foi denunciado sete vezes no âmbito da Operação Calvário, onde é apontado como chefe da organização criminosa desbaratada pelo Gaeco.
Nas declarações, reproduzidas em alguns blogs do Estado, Ricardo Coutinho deixa a impressão de que pretende mesmo ser candidato, apesar de estar usando tornozeleira: “A decisão ainda não foi tomada. O PSB terá um candidato na Capital. Eu só seria (candidato) se alguma das alternativas não decolarem.” Não declinou nomes, mas são especulados o deputado Gervásio Filho e a esposa Amanda Rodrigues.
Segundo um militante do PSB, o deputado Gervásio já teria anunciado o desejo de não ser candidato. Quanto à ex-secretária Amanda, como se sabe, ela foi denunciada pelo Ministério Público, e tornou-se ré após o juiz Adílson Fabrício (1ª Vara Criminal) acatar a denúncia no caso Lifesa, que faz parte do conjunto de irregularidades cometidas e desvendadas nas investigações da Calvário. O próprio RC é também réu nessa ação também.
Tornozeleiras – Ricardo Coutinho foi preso em dezembro, com a Operação Calvário (Juízo Final), e solto dois dias depois, por obra do ministro Napoleão Nunes Maia (Superior Tribunal de Justiça). Em fevereiro, o STJ decidiu impor várias medidas cautelaras, como a quarentena jurídica de se recolher ao domicílio às 20h até às 6h do dia seguinte, e também a proibição de deixar João Pessoa, sem autorização judicial.
Na sequência, a ministra Laurita Vaz, relatora, facultou ao desembargador Ricardo Vital determinar outras medidas complementares e ele impôs tornozeleira a Ricardo Coutinho, Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas, Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras, seu irmão Coriolano Coutinho, David Clemente Monteiro Correia, seu advogado Francisco das Chagas Ferreira, Gilberto Carneiro da Gama e a prefeita Márcia de Figueiredo Lucena Lira.
Vários recursos foram impetrados junto aos tribunais superiores em Brasília, mas, até o momento, foram negados todos os seus pedidos para relaxamento das cautelares, especialmente o uso da tornozeleira.
Com paraibaja.com.br e wwwmaispb.com.