SÓ FUNCIONOU 3 MESES Com número baixo de pacientes hospital de campanha de Santa Rita será desativado pelo governo
A informação caiu como uma ironia. Não faz tanto tempo e o governo do Estado propalava, até com alarde, a necessidade de instalar hospitais de campanha para acomodar pacientes contaminados com a Covid-19, ante a iminência de um colapso na rede hospitalar. Por isso, soou como muito estranha a desativação do hospital de campanha de Santa Rita, esta quarta (dia 29).
Não custa lembrar que, logo nos primeiros dias da quarentena, o governo chegou a confiscar aparelhos respiratórios e outros equipamentos de hospitais de interior, como ocorreu em Taperoá. Então, fica a indagação: se havia tanta necessidade de unidades hospitalares para enfrentamento ao coronavírus, por que o governo do Estado agora começa a desativar?
Quando anunciado, o hospital de campanha de Santa Rita, construído no estacionamento no Metropolitano, teria capacidade para 120 pacientes e o fato é que, atualmente, há “apenas” 29 pessoas internadas. Segundo o secretário Geraldo Medeiros (Saúde) o governo desembolsa um valor para aluguel mensal que, atualmente, já não faz mais sentido, tendo em visto que há leitos disponíveis em outras unidades. A desativação ocorrerá na próxima segunda (dia 3).
“O Hospital Santa Paula está funcionando com pacientes em UTI e dispõe de 150 leitos, sendo 130 de enfermaria e 20 de UTI. Não haverá instabilidade ou insegurança”, declarou o secretário, sem revelar, contudo, o valor do aluguel pelas instalações provisórias do hospital de campanha. Especula-se que a quantia chegue a R$ 400 mil. O hospital, que foi entregue no final de abril, funcionou por apenas três meses.