OPERAÇÃO RENT A CAR Justiça afasta prefeito acusado de locar seu próprio carro à prefeitura
Parece mentira, mas é verdade. O prefeito Alecsandro Bezerra dos Santos (Camalaú) foi afastado do cargo, por decisão da Justiça, após investigações do Gaeco e CCRIMP (Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa) apontarem que ele locou seus próprios veículos para a prefeitura. A ação ocorreu, na manhã desta sexta (dia 14), por meio da Operação Rent A Car.
Segundo as investigações, desde 2017 (início do mandato), uma caminhonete Nissan Frontier e um caminhão Mercedes Benz vêm sendo locados ao município de Camalaú, após prévio direcionamento de processos de licitação, especialmente modelados para tal finalidade. O município já pagou, pelo menos, R$ 140.902,00 pela locação da caminhonete, e já arcou com R$ 166.404,00, pelos três anos de locação do caminhão.
A operação aponta crimes de falsidade documental, fraude a licitação e desvio de recursos públicos.
Veículos – A caminhonete nova foi adquirida, em Caruaru (Concessionária Granjapan Motores), em em março de 2017, por R$ 165.000,00, pelo próprio prefeito. Ele teria pago R$ 110.000,00 pagos por meio de transferência bancária de entrada. O veículo é locado para o gabinete do prefeito. Já o caminhão Mercedes Benz L 1113, vermelho, ano 1973, segundo constam dos autos, foi adquirido por R$ 24.000,00.
No âmbito das investigações, foi constatado o desvio de recursos públicos até na aquisição de peças de reposição do caminhão Mercedes Benz, com as mesmas características do veículo do prefeito, que até não fazia parte da frota municipal, no valor de R$ 7.384,62.
Organização – Ainda de acordo com as investigações, os envolvidos se organizaram para “planejar e executar engenho voltado para desviar recursos públicos do município de Camalaú-PB, processado após prévia emissão de documentos falsos e locação fraudulenta de veículos do prefeito. A lista inclui uma caminhonete Nissan Frontier LE AT 4X4, ano 2017 e um caminhão Mercedes Benz/ L 1113, vermelho, ano 1973). Ambos são registrados em nome de “laranjas”, cujos contratos revelaram prejuízo ao erário no valor de R$ 314.690,62“.