AFORA A LENIÊNCIA DA JUSTIÇA… O que há em comum nos escândalos de Cuiá, Jampa Digital, Bruno Ernesto, Propinoduto e Calvário?
Para responder rápido: o que há em comum nos casos Cuiá, Jampa Digital, Bruno Ernesto, Propinoduto e a ação penal 866? Primeiro, a demora da Justiça em julgar escândalos que, certamente, mudaram (para pior) a história política da Paraíba, nos últimos dez anos. Depois, a associação onipresente do senhor Ricardo Coutinho messes casos, dentre tantos outros.
Sem descartar, é claro, escândalos de proporções continentais como a organização criminosa desbaratada pela Operação Calvário, na qual Ricardo Coutinho é apontado como o cabeça. Afora as traquinagens eleitorais capituladas nas Aijes da PBPrev, Fiscal e Empreender PB, apenas para citar três numa coleção de dez. Em comum, o personagem principal é sempre o mesmo.
Com um prontuário desses, fica difícil para o cidadão comum entender como esse protagonista ainda está impune. Mas, a verdade é que está isento até mesmo da tornozeleira que vinha usando desde fevereiro, três meses após ter sido preso pela Calvário, e solto, logo depois, pelo ministro Napoleão Nunes Maia. É esse personagem que será julgado nesta terça (dia 18) pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O TSE agendou para às 19h desta terça-feira, o julgamento da Aije da PBPrev. O Tribunal Regional Eleitoral, como se sabe, já julgou e absolveu o ex-governador nesta mesma Aije. Mas, o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE e, de forma surpreendente o ministro camarada Napoleão Nunes Maia (aquele…) arquivou a ação de forma monocrática…
Mas, eis que o Ministério Público Eleitoral voltou a recorrer e o ministro Og Fernandes, analisando os autos e o parecer MPE, decidiu revogar a decisão do bonaparteano Napoleão (aquele…), e vai submeter a ação ao Pleno do TSE. Esta ação que, originalmente, pediu a cassação de Ricardo Coutinho. Uma vez que perdeu o objeto, desde que ele deixou o mandato, irá julgar pedido de inelegibilidade de oito anos.