APÓS VIRAR RÉU Vital contesta decisão de juiz e garante não ter cometido crime de corrupção e lavagem de dinheiro
O ministro Vital do Rego (Tribunal de Contas da União) contestou decisão do juiz federal Luiz Antônio Bonat (13ª Vara de Curitiba) que o tornou réu na denúncia apresentada pela Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o ex-senador, o processo tramita a cinco anos e os ex-procuradora Rodrigo Janot e Raquel Dodge não teriam encontrado elementos contra ele para formalizar pedido de ação penal.
Vital disse ainda que o Supremo Tribunal Federal “ainda apura recurso” protocolado pelos seus advogados, contra decisão do ministro Edson Fachin de levar o processo para a Justiça do Paraná.
“A peça acusatória não está apta para gerar uma ação penal e os recursos judiciais cabíveis serão apresentados para demonstrar o total descabimento das acusações, que são apoiadas em inverdades de colaboradores que se valem deste processo para obterem vantagens a qualquer custo”, argumentou.
Denúncia – De acordo com o Ministério Público Federal, Vital recebeu R$ 3 milhões de Léo Pinheiro, então presidente da OAS, para que os executivos da empreiteira não fossem convocados para depor na CPMI e na CPI do Senado, em 2014.
Ainda segundo o MPF, a CPI no Senado teve 11 reuniões e ouviu 16 pessoas, e a CPMI teve 26 reuniões e 12 depoimentos. Detalhe: nenhum empreiteiro foi convocado ou ouvido.
A Justiça Federal também aceitou a denúncia contra outras nove pessoas, entre executivos da OAS e intermediadores, por corrupção e lavagem de dinheiro.