A impressão, meu caro Paiakan, é que Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho é um homem de pouca sorte. Poucos dias após mandar tirar a tornozeleira do ex-governador, o ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal) negou pedido de Coriolano para tirar também seu rastreador.
Gilmar determinou a retirada da tornozeleira do ex Ricardo Coutinho com o detalhe que, em sua decisão, o ministro justificou-se afirmando que o ex-governador vinha sofrendo um “constrangimento desarrazoado “, por conta dos defeitos supostamente registrados em sua tornozeleira.
Os advogados de Coriolano alegaram, em seu habeas corpus ao STF, que o desembargador Ricardo Vital, relator da Operação Calvário, teria agido de forma ilegal, com abusividade. Mas, seus argumentos não comoveram o ministro Gilmar, que negou o pedido. Segundo Mendes, não há razões para o relaxamento das medidas cautelares.
Tornozeleira – O uso da tornozeleira foi imposto pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Calvário no TJ, em fevereiro deste ano, como medida cautelar completar às demais adotadas pelo Superior Tribunal de Justiça, como a quarentena judicial de não se afastar de João Pessoa sem autorização judicial, e também o recolhimento ao seu domicílio, a partir das 20h00 até às 5h00 do dia seguinte.
O uso da tornozeleira imposto por Ricardo Vital foi estendido para Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas, a ex-secretária Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras, seu irmão Coriolano Coutinho, David Clemente Monteiro Correia, seu advogado Francisco das Chagas Ferreira, o ex-procurador Gilberto Carneiro da Gama e a prefeita Márcia de Figueiredo Lucena Lira.