MISTÉRIO NO MP Defensor estranha que pedido de revogação de medalha a Ricardo Coutinho tenha sumido: “Já passaram 9 meses”
O defensor e policial aposentado José Espínola da Costa voltou a estranhar a demora do Ministério Público da Paraíba em se posicionar em relação ao seu pedido protocolado, junto ao Colégio de Procuradores, questionando a manutenção de comenda conferida ao ex-governador Ricardo Coutinho, em 4 dezembro de 2018. O pedido foi protocolada desde janeiro de 2020, após a prisão do ex-governador.
Na sua alegação, Espínola postulou que, “sendo ele (Ricardo Coutinho) o chefe de uma organização criminosa (conforme o próprio Ministério Público, não cabe tal honraria”. Até onde se pode apurar, o processo estaria com o procurador Francisco Sagres, a quem caberia emitir parecer e levar o processo à apreciação do Colégio de Procuradores. “Já se foram nove meses e nada”, lamentou Espínola.
“Ora, até mesmo a concessão de um título de doutor honoris causa conferido ao ex-presidente já foi cancelado, mas esse caso da honraria dado a alguém citado na Operação Calvário, que já foi preso e usou tornozeleira eletrônica. segue sem um posicionamento do Ministério Público, com uma explicação à população”, arrematou.
Medalha – A medalha José Américo de Almeida foi criada pelo Ministério Público da Paraíba em 1997 para homenagear personalidades que contribuem com o desenvolvimento da instituição e da sociedade. A honraria é dividida em três categorias: Alta Distinção (folheada em ouro é a mais elevada), Distinção em prata e Bons Serviços. Ricardo Coutinho recebeu a de alta distinção.
Justificativa – Espínola alega que, diante do escândalo revelado pela Operação Calvário, quando a “Paraíba ficou sabendo que o ex-governador Ricardo Coutinho era, na verdade, chefe de uma organização criminosa, a homenagem perde sua razão e seu objetivo que é o de agraciar quem de fato prestou relevantes serviços ao órgão e a sociedade paraibana”.