Cofres cheios: Governo Dilma repassou R$ 3,3 bilhões à Paraíba
Os servidores estaduais estão em pé de guerra com o Governo Ricardo Coutinho. Na quarta-feira (dia 14), os professores da rede estadual decidiram cruzar os braços, atendendo uma convocação nacional, para cobrar de RC o pagamento do piso. Ficam até essa sexta, dia 16.
Na esteira da mobilização dos professores, outras categorias também estão na praça, para cobrar do Governo o atendimento de suas reivindicações. O pessoal do Fisco, por exemplo, reivindica o pagamento do subsídio, que é lei, mas RC não paga desde janeiro de 2011.
Os policiais civis, que paralisam as atividades nesta sexta (dia 16), cobram pelos menos a aplicação do plano de cargos e salários que foi aprovado ainda no Governo Cássio Cunha Lima, pago pelo seu sucessor, Zé Maranhão, mas suspenso pelo Governo RC.
Os policiais militares, se já não cobram abertamente o pagamento da chamada PEC 300, querem que o Governo pague o equivalente, que, aliás, foi prometido quando o nosso ínclito, preclaro e insigne RC era candidato a governador e prometia atender pleitos da corporação.
À medida que essas e outras categorias se mobilizam para cobrar o que consideram justo, o governador volta a usar o discurso de que o Estado está quebrado. Pois bem, o Blog fez uma breve consulta ao site da Secretaria do Tesouro Nacional e encontrou números curiosos.
Por exemplo, em 2010 (último ano do Governo Zé Maranhão), os repasses federais (tipo FPE e Fundeb) renderam aos cofres da Paraíba R$ 2.510.847.527,37. Pois, agora, em 2011 (primeiro ano de RC), essas receitas saltaram para R$ 3.111.249.312,85. Foram R$ 600.401.785,48 a mais.
Um aumento de 12,3%. Bem acima da inflação de 2011, que ficou 6,5%. No mesmo período, as despesas com a máquina estadual ficaram abaixo dos 7%. Significa que, apenas no que tange aos recursos federais constitucionais, o Governo ficou com superávit acima de R$ 300 milhões.
Afora, mais R$ 107,5 milhões em repasses voluntários, de vários ministérios, para obras que estão sendo realizadas no bojo do PAC. Portanto, mais uma vez, o discurso do governador não bate com os números. E com números não se briga.