RÉUS NA CALVÁRIO Irmãos Coutinho e mais quatro são citados para depor no escândalo do Canal 40
O juiz Manoel Gonçalves Dantas de Abrantes (1ª Vara Criminal de Mangabeira), determinou a citação urgente dos irmãos Ricardo Coutinho, Valéria Coutinho e Coriolano Coutinho na Central de Polícia, nos próximos dez dias. Os três e mais Livânia Farias, Ivan Burity, Maria Laura Caldas e Paulo César Coelho (ex-cunhado de RC).
Os sete são réus na ação que apura as denúncias de fraudes que teriam sido cometidos no chamado Canal 40. Livânia e Ivan, também citados, já apresentaram sua defesa nos autos. Já Coriolano foi preso, há dois dias, na 10ª fase da Operação Calvário, por violar o uso da tornozeleira eletrônica.
Pra entender – No mês de julho, o grupo foi denunciado, após investigações do Gaeco, no âmbito da Operação Calvário, terem apontado desvio de dinheiro público para a aquisição de imóvel (com reformas) conhecido como Canal 40. Na denúncia, o Ministério Público pediu ressarcimento de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos.
O dinheiro, segundo a denúncia, que “foi desviado ilicitamente do tesouro estadual pela Orcrim (via propina), sendo R$ 100 mil destinados à aquisição do imóvel, R$1 milhão utilizados na execução das obras de reforma do Canal 40 e, aproximadamente, R$ 500 mil gastos com o custeio de despesas ordinárias do prédio”.
“Pelos fatos narrados restou demonstrado que Ricardo Coutinho, como líder da empresa criminosa, utilizava-se de interpostas pessoas, algumas delas também integrantes da Orcrim ora denunciadas, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos recursos destinados a reforma e decoração do Canal 40”, apontou a denúncia do Ministério Público, apontando o ex-governador sempre como o cabeça da organização criminosa.
O Gaeco pede ainda “aplicação da perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos réus como efeito da condenação”. Caso a Justiça acate a denúncia, o ex-governador poderá, inclusive, se demitido de quaisquer cargos que, atualmente, ocupe.
Apareceu Cuiá – Paulo César também surge no rumoroso escândalo de Cuiá. Em abril de 2012, O juiz Miguel de Britto Lyra Filho decidiu decretar a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas Assare – Comércio e Locação de Veículos Ltda e Coelhos Tecidos, por envolvimento no escândalo da desapropriação da propriedade, processo que ocorreu em tempo recorde de menos de 30 dias, desde a avaliação até o pagamento.
Segundo consta dos autos, a Assare fez uma doação em dinheiro para a campanha de Ricardo Coutinho, em 2010, através de transferência eletrônica de R$ 448,6 mil, no dia 17 de setembro de 2010, e Coelho Tecidos depositou R$ 100 mil em dinheiro através de transferência bancário no dia 13 do mesmo mês. E as duas empresas não tinham suporte contábil para realizar as doações.
CITAÇÃO DOS RÉUS…