AINDA PRA FALAR DE 2022 Romero, Daniella, João, Cartaxo e Pedro já estão na pista para disputa ao governo
Desde as eleições de novembro, houve uma notável movimentação política visando as eleições de 2022, apesar da distância do pleito. O prefeito Romero Rodrigues (PSD), após impor nova derrota ao grupo do senador Veneziano, foi o primeiro a admitir candidatura a governador.
Na sequência, o governador João Azevedo (Cidadania), apesar de dizer que este não é seu foco neste momento, admitiu que pode, sim, disputar a reeleição, “caso seja um desejo da população”. João aposta em manter boa aprovação até as urnas de 2022.
Uma declaração dada pela senadora Daniella Ribeiro (Progressistas), logo após a disputa de segundo turno, afirmando que, apesar de ter apoiado junto com o governador, a candidatura vitoriosa de Cícero Lucena, segue como oposição a João. Acendeu uma luz amarela de interesse na disputa.
Logo depois, foi a vez do prefeito Luciano Cartaxo (PV). Apesar de não ter conseguido emplacar sua candidata Edilma Freire como sucessora, Cartaxo tem boa aprovação, em função, especialmente, dos índices de aceitação de sua gestão. Pode estar no páreo.
Por fim, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB). Ele admitiu, na semana passada, interesse em disputar o governo em 2022. Foi uma surpresa, uma vez que o nome especulado, pelo menos em tese, seria de seu pai, o ex-senador Cássio Cunha Lima.
Chances – Romero está embalado pela eleição de Bruno Cunha Lima. Suas chances vão depender da evolução da gestão de seu âncora Bruno e de como conseguirá estadualizar seu nome, para além dos limites de Campina Grande.
Azevedo, não é segredo para ninguém, tem uma ameaça que pode vir do Superior Tribunal de Justiça, desde a deflagração da Operação Calvário 7. Sua candidatura à reeleição vai depender de como chegará a sua saúde jurídica em 2022.
Uma eventual candidatura de Daniella é, curiosamente, dependente da evolução do quadro clínico de João, uma vez que há uma aliança do deputado Aguinaldo Ribeiro com o governador, com o aval do prefeito eleito Cícero.
Cartaxo terá, talvez, o caminho mais árduo. Fora do mandato e sem um âncora, Cartaxo vai precisar manter uma militância ativa pelos próximos dois anos, lastreado pela sua atual boa aprovação. Sua tarega será manter a chama acesa.
O deputado Pedro Cunha Lima, aparentemente, entende que o PSDB tem espólio importante na eleição de Bruno em Campina, e aposta na força do partido, via Ruy Carneiro, em João Pessoa. Seu desempenho no Congresso não chega a ser empolgante, mas tem marcado sua atuação com pautas muito interessantes.