NO ÂMBITO DA CALVÁRIO Desembargador nega pedido de Ricardo Coutinho e demais citados na Calvário para desbloquear bens
O desembargador Ricardo Vital, relator dos feitos da Operação Calvário no Tribunal de Justiça, negou pedido de Ricardo Coutinho e demais envolvidos na organização criminosa desbaratada pelo Gaeco para desbloquear seus bens que foram sequestrados, desde o mês de agosto.
Ricardo Vital não conheceu o embargo regimental interposto por Ricardo Coutinho, a prefeita Márcia Lucena, a deputada Estela Bezerra, além da ex-secretária, Aracilba Rocha, Cláudia Veras e Waldson de Souza.
Em sua argumentação, o desembargador lembra que os bens bloqueados são a garantia para o eventual ressarcimentos dos recursos públicos desviados pelo esquema, em caso de condenação.
Pra entender – Em agosto, o desembargador determinou o sequestro de R$ 6,5 milhões de integrantes do esquema, por conta dos danos causados ao Tesouro do Estado, no caso da contratação considerada ilegal da Cruz Vermelha gaúcha, em julho de 2011. Foram bloqueados de Ricardo Coutinho mais de R$ 2,5 milhões em contas bancárias, além de uma casa em condomínio de luxo em João pessoa, além de dois terrenos.
Alguns dias depois, Ricardo Vital arbitrou o bloqueio de R$ 134,2 milhões em contas e patrimônio de Ricardo Coutinho e demais integrantes da organização criminosa. Nesse despacho, o magistrado também levantou a tese da ocultação de bens por parte do ex-governador: um apartamento em Cabo Branco e uma propriedade em Bananeiras. O ex-governador chegou a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, que ainda não julgou.