BLOQUEIO DE BENS Aracilba nega ter ocultado documentos no Propinoduto ou intermediado a contratação da Cruz Vermelha: “Não há uma só prova”
O Blog registra texto da ex-secretária Aracilba Rocha que, ao lado de Ricardo Coutinho e outros envolvidos na Calvário, teve seus bens bloqueados pelo desembargador Ricardo Vital. O bloqueio é decorrente das investigações em torno do caso Propinoduto, no qual foi acusada (quando secretária de Finanças da Paraíba) de ter contribuído para ocultar provas do ilícito, que era o pagamento de propina a Coriolano e gestores do governo Ricardo Coutinho.
São três denuncias. O caso Propinoduto refere-se a uma apreensão feita no veículo locado e dirigido por funcionário do Estado, em 2011, de uma mala com R$ 81 mil em propinas, dinheiro destinado a agentes públicos. Junto ao dinheiro, um bilhete com nomes dos beneficiários: Gilberto Carneiro (R$ 28 mil), Livânia Farias (R$ 10 mil), Coriolano (R$ 39 mil) e Laura Farias (R$ 4 mil). (mais em http://bit.ly/2lz16aq)
Além dessa denúncia do Propinoduto, também aponta-se que Aracilba teria intermediado a contratação da Cruz Vermelha gaúcha junto ao então governador Ricardo Coutinho. Aracilba nega ter participado de qualquer ocultação de documentos e também de ter intermediado a contratação da Cruz Vermelha.
CONFIRA TEXTO DE ARACILBA…
Primeira denúncia (Propinoduto): O documento que nunca foi oculto já que a Investigação continuou sendo feita no próprio Ministério Público. E que eu desconhecia totalmente o fato da investigação.” E historia: ” Fui solicitada para conhecer os fatos no dia seguinte a tal apreensão, cujo questionamento do ex-governador era de que tudo era uma armação.
Participei de uma reunião no dia 04/07/2011- na Secretaria de Segurança. Sem conhecer o fato que me foi esclarecido pelo delegado-geral Severiano. Não existe inquérito nem nunca existiu. O que nos foi entregue documentos realizados entre O delegado geral Severiano e o secretário-adjunto Raimundo Silvany. Quem solicitou as cópias fui eu, para que a documentação ficasse em poder da Delegacia geral.”
Quem recebeu todo material foi o advogado Wandalberto. A mim e Livânia foi entregue um envelope com documentos que eu desconhecia o teor.
Chegando a rádio Tabajara lá estava o ex-governador (Ricardo Coutinho) e alguns assessores. Fui direto ao toalete (estava fazendo última semana de radioterapia e não estava bem). Ao retornar Livânia disse que podíamos ir embora. Não cumprimentei nem as pessoas lá. Fui embora.
Soube a posterior que Gilberto Carneiro havia dado entrada com documentos no MP, para apuração dos fatos um dia antes da reunião.
Segunda denúncia (Cruz Vermelha) – Que em 2010, na campanha de Ricardo Coutinho, eu tenha visto a entrega de um envelope contendo dinheiro para Livânia . Não lembro desse envelope. Até porque se eu vi o motorista também viu. Porque ele não está denunciado. Tanto Livânia quanto o Daniel afirmam que eu não participei da reunião que culminou na entrega desse envelope. Como que eu ia saber o que continha? E não me chamou a atenção porque não vi.
Na mesma denúncia diz que fiz uma ligação para Livânia falar com Ney: nesse caso fiz ligação para várias pessoas, fui a responsável pela agenda do candidato e se você ou qualquer outra pessoa pedisse pra fazer uma ligação eu faria.
Essa ligação segundo a denúncia era para Livânia fazer contato com o Daniel para pedir a ajuda oficial dos tais 300 mil. Isso já se deu após a eleição e exatamente em 25/11/2010, eu fui operada na Unimed do câncer de mama. Nessa época não tinha nenhuma convivência com Livânia e como não conhecia ainda o Daniel não tinha nenhum contato com ele. Ainda mais eu não estava em nenhum cargo. Vivia da minha aposentadoria. Portanto desconheço tudo isso.
A terceira e última denúncia que é a que está com o desembargador Ricardo Vital e simplesmente a junção das duas acima. Que bloqueou minhas contas da aposentadoria, de um poupança de R$ 20mil que continha R$ 10 mil do FGTS e R$ 10 mil do adiantamento do décimo terceiro
E mais R$ 122 mil da minha indenização tudo comprovado no meu agravo. Sem direito a minha alimentação desde 11/06/2020- Tudo bloqueio arbitrário. Estou com 68 anos, com o câncer de volta, torturada por não ter cometido nunca em momento algum da minha vida desonestidade.
Não há um só prova contra mim. Mas já estou condenada. Por um Justiça torpe, que vive hoje da vaidade! Mata cidadãos inocente e tocam fogo na sua história de vida.
Todos iremos ser comidos pelos vermes da natureza. Uns mais cedo, outros mais tarde. Mas todos seremos pó.
Conclusão – Também não se pode olvidar que o próprio Daniel Gomes da Silva deixou claro, em sua colaboração premiada, citada na denúncia, que não não intermediei acordo algum com ele, nem muito menos lhe pediu recursos financeiros, conforme se extrai de parte do que ele falou no Anexo 5 da sua colaboração.
Nos autos, consta também um vídeo em que o senador Ney Suassuna isentaria Aracilba de qualquer participação na contratação da Cruz Vermelha.