PERGUNTAR NÃO OFENDE… Seria apenas especulação convite de João Campos para Ricardo Coutinho assumir secretaria no Recife?
Depois de circularem especulações, no Recife, de um suposto convite do prefeito eleito João Campos (PSB) para Ricardo Coutinho assumir a secretaria de Infraestrutura do município, o Blog recebeu, nesta terça (dia 22), informação de um assessor, indicando que “o convite até pode ter ocorrido, mas não deve se concretizar”.
Até onde o Blog pode apurar, teria sido muito mais um gesto de cortesia. Ricardo Coutinho, como se sabe, era aliado próximo de Eduardo Campos (pai de João). O caso vinha sendo tratado com certo sigilo, ante as dúvidas quanto à situação jurídica do ex-governador, pelo fato de ser réu em pelo menos sete ações penais da Operação Calvário.
Durante a campanha, e contrariando um pacto com o ex-presidente Lula (que gravou vídeo defendendo sua candidatura a prefeito de João Pessoa), Ricardo Coutinho postou em redes sociais a defesa do voto em João Campos, que, como se sabe, disputou a prefeitura de Recife contra a petista Marília Arraes.
Especula-se que Ricardo Coutinho tenha pedido votos para João Campos por conta conta da pressão interna no PSB contra sua permanência na presidência da Fundação João Mangabeira.
Histórico – Ricardo Coutinho foi preso no âmbito da Calvário 7 – Juízo Final, em dezembro de 2019, e solto dois dias depois. Mas, em fevereiro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça, com voto da ministra-relatora Laurita Vaz, impôs várias medidas cautelares ao ex-governador, em contrapartida.
Dentre as cautelares, constavam o comparecimento periódico em juízo, proibição de manter contato com os demais investigados da Calvário (exceto familiares), proibição de se ausentar da comarca sem prévia e expressa autorização do Juízo e afastamento da atividade de natureza econômica/financeira que exercia com Estado e prefeitura.
Pouco depois e, de forma suplementar, o desembargador Ricardo Vital, relator da Calvário junto ao Tribunal de Justiça, impôs também o uso de tornozeleira eletrônica. Posteriormente, em agosto último, o ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal) mandou retirar o rastreador.