PERVERSIDADE DAS FAKE NEWS Em vez de torcer pela “notícia” da morte de Maranhão a torcida deveria ser por sua recuperação
Uma das fake news mais perversas disseminadas, nas últimas horas, no Estado tem sido o renitente “noticiário” indicando a “morte” do senador Zé Maranhão. Impressiona como essa boataria, muito além de desinformar as pessoas, expressa um nível cruel de desrespeito, não apenas ao senador, mas especialmente aos seus amigos e familiares.
Não é novidade o estado clínico preocupante do senador. Desde que foi levado para São Paulo, já se sabia das dificuldades que ele estaria enfrentando para sobreviver a uma doença pouco conhecida, traiçoeira e capaz de surpreender não apenas pessoas na sua idade (87 anos), mas também pacientes mais jovens, que não resistiram e vieram a óbito.
É fato que Maranhão precisou ser intubado, logo que deixou a Paraíba. É verdade que ele próprio, num instante de retorno da sedação, chegou a retirar a ventilação e isso foi o que mais agravou seu quadro clínico. É verdade que voltou a ser intubado, passou por uma traqueostomia e várias sessões de hemodiálise. É verdade que tem parcela de seu pulmão ainda comprometido.
Mas, o senador segue (pelo menos até a manhã desta terça-feira) estável, sem febre, sem mais Covid, sem mais diálise e com as taxas de oxigenação dentro dos limites confortáveis. Mesmo assim, seu estado é grave? É. Então, é preciso que se respeite a pessoa que luta bravamente contra essa doença, que se respeite sua família, que se respeite a vida, enfim.
Em de torcer pela morte do senador, como um espetáculo de mídia, devemos, na verdade, torcer pela recuperação do político com mais de 60 anos de atividade, sem uma única nódoa em sua reputação.