RC ataca o mesmo Urquiza que há dois anos era “construtor” de seu projeto
Tenho a impressão, meu caro Paiakan, que o nosso ínclito, preclaro e insigne governador está sofrendo de algum problema de memória nessas eleições, em função talvez do desempenho de sua candidata Estelizabel Bezerra. Se hoje, ele ataca violentamente o ex-secretário Alexandre Urquiza, há dois anos considerava imprescindível sua eleição para deputado.
Eis o que dizia Ricardo, em 27 de julho de 2010, na inauguração do comitê de campanha de Urquiza, então candidato a deputado estadual: “Eu preciso de ter um deputado como Alexandre Urquiza na Assembleia Legislativa. É fundamental, é importante, é importante, é muito importante ter alguém em quem você possa confiar integralmente.”
Adiante, confessa: “É importante ter alguém que venha lá de trás, que passou pelos maus e pelos bons momentos. É importante ter alguém que foi construtor do projeto. Construtor, que construiu, que pegou cada tijolozinho e foi colocando um em cima do outro, e amargando a piores desigualdades e disparidades, avançando nesse projeto.”
Então, revela a penúria dos primeiros dias: “Nós saímos da luta populares. Nós saíamos num carro de som, que era um bugre com uma caixa de som em cima, que você não podia nem falar, só podia tocar a fita, nem CD era. Era fita. Nós saímos dai e nós estamos aqui hoje e vamos continuar dessa forma, fazendo campanha com o que a gente tiver às mãos, ninguém aqui precisa de conforto, não.”
Um verdadeiro contraste com o fausto que o governador exibe atualmente, até mudando os hábitos. Por exemplo, excetuando um passeio demagógico de carroção de burro, só costuma viajar de avião. E também adquiriu uma quedinha por lagosta e camarão. Quem quiser conferir as declarações do governador, deve ir até o YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=Z5ISqe9QlRs&feature=relmfu.
Conforme desabafo recente de Urquiza, “Ricardo Coutinho tem o hábito de usar as pessoas quando precisa delas, e quando não mais precisa, ele simplesmente ataca e descarta, como já fez com muitos”. Ele citou o vereador Bira, a ex-superintendente da Sudema, Rossana Honorato, o ex-secretário Nonato Bandeira e o prefeito Luciano Agra.