COM TODO GÁS… Até quando, afinal, o brasileiro vai aguentar o festival de aumentos dos combustíveis sem reagir?
Até quando, afinal, o brasileiro vai aguentar sem reagir a essa escalada no aumento dos preços dos combustíveis e, especialmente, do gás de cozinha? Somente no ano da pandemia, o gás sofreu nove reajustes, e encerrou o ano custando em torno de R$ 70. Da virada do ano pra cá, o preço subiu e já beira aos R$ 100. Fica a pergunta: como um cidadão que ganha salário mínimo de R$ 1,1 mil pode gastar 10% dos seus vencimento somente com o gás?
Mas, não apenas o gás. Durante a pandemia, em meados de abril, o preço da gasolina, em João Pessoa, chegou a custar R$ 3,40, o litro. Hoje, menos de um ano depois, e com uma inflação média de 4,5% conforme o IBGE, o preço da gasolina saltou literalmente para algo em torno de R$ 5,00. Somente em 2021, a gasolina subiu 41%, enquanto o diesel, que tem relação direta com o custo de transporte e, portanto, das mercadorias, pulou 34%.
Isso tudo num período em que a maioria das pessoas teve perdas salariais e aumento de custos com a inflação dos alimentos e medicamentos. Então é de perguntar: até quanto o brasileiro vai aguentar? Enquanto isso, a Petrobrás teve, ao longo de 2020, um lucro de… R$ 7 bilhões. Uma maravilha para os seus acionistas, mas essa é uma conta que não fecha para o bolso do consumidor.