LAVA JATO EM XEQUE Fachin anula condenações de Lula e projeta disputa do petista contra Bolsonaro nas eleições do próximo ano
De uma só penada, o ministro Edson Fachin (Supremo Tribunal Federal) alterou o jogo político para as eleições do próximo ano. Fachin acaba de por o ex-presidente Lula novamente no páreo da disputa. Com uma surpreendente decisão monocrática, o ministro anulou as condenações do ex-presidente definidas pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.
Agora, os processos do Triplex, Sítio de Atibaia e do Instituto Lula deverão ser julgados pela Justiça Federal do Distrito Federal. Que poderá ou não manter as condenações. Mas, neste momento, com a anulação da sentenças anteriores, Lula passa de ficha-suja inelegível à condição de pré-candidato à Presidência da República. O que muda completamente o desenho das eleições de 2022.
E, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, a tendência é uma disputa entre Lula e Bolsonaro no pleito do próximo ano.
Recurso – Logo após publicada a decisão de Fachin, a Procuradoria-Geral da República anunciou que irá recorrer da decisão do ministro. Na prática, a decisão da PGR pode levar para a 2ª Turma ou para o Plenário do Supremo Tribunal Federal a análise da decisão monocrática do ministro Fachin.
Pesquisas – Recente pesquisa do Instituto Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), novo instituto de pesquisas da estatística Márcia Cavallari (ex-Ibope), 50% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Lula se ele se candidatasse novamente à Presidência. 44% disseram não votariam de jeito nenhum. Já Bolsonaro aparece com 38% de potencial de votos e uma rejeição de 56%.
Por outro lado, o levantamento da empresa Paraná Pesquisa indica que Bolsonaro lidera, em todos os cenários, as intenções de voto para a disputa à Presidência nas eleições de 2022, com percentuais que variam de 31,9% a 37,6%. Num cenário com Lula, Bolsonaro teria 32,2%, quando o petista viria 18% da intenção de votos.
TRECHO DA DECISÃO DO MINISTRO…