Por que um cidadão decidiu agredir o governador?
Ninguém em sã consciência deve torcer pela violência, mesmo que seja apenas agressão verbal. Por isso, não se pode concordar com os impropérios disparados pelo eleitor João Batista Targino Moura contra sua excelência o governador Ricardo Coutinho, usando palavras de baixo calão e ameaças veladas.
Mas, muitas vezes, é preciso entender as motivações. Será que se o nosso ínclito, preclaro e insigne governador não tivesse demitido mais de 30 mil servidores passaria por este tipo de constrangimento? Seria tratado assim se não tivesse perseguido de forma implacável o pessoal do antigo Ipep?
Teria sido vítima dessas agressões se não tivesse humilhado os médicos do Estado, ou detonado com o plano de cargos dos professores? Será que teria surgido uma pessoa tão injuriada assim, se o governador não tivesse patrolado aliados tão próximos como Bira, Roseana Meira ou o prefeito Luciano Agra?
Não é o caso de defender o agressor, mas é preciso compreender que sua excelência só está no trono por que o cidadão paraibano votou nele e, em última instância, paga seus salários e suas conhecidas mordomias. Muitas vezes, as pessoas não entendem que um governante seja financiado pelo cidadão, e depois se volte para perseguir o próprio cidadão.
A agressão – No início da tarde deste domingo de eleição, o cidadão João Batista Targino Moura, de 44 anos, foi detido após por agredir verbalmente o governador, com palavras de baixo calão, no Colégio José Lins do Rêgo, no bairro do Cristo, em João Pessoa.
João Batista, então, foi conduzido ao Ginásio Ronaldão, local reservado pela Justiça Eleitoral para recolher pessoas detidas durante pleito. De acordo com a delegada Geral de Polícia Civil, Ivanisa Olímpio, o agressor responderá pelos crimes de desacato a autoridade e injúria.