CALVÁRIO EM CAMPINA Romero estranha denúncia e diz que inocência será “provada na Justiça”
O ex-prefeito Romero Rodrigues (Campina Grande), denunciado pelo Ministério Público da Paraíba, no âmbito da Operação Calvário a partir de uma delação do lobista Daniel Gomes da Silva, estranhou a inclusão de seu nome na denúncia e afirmou, na tarde desta quinta (dia 3), que vai provar sua inocência na Justiça.
De acordo com a denúncia, ele teria havido um pagamento de R$ 150 mil, em 2012, tendo como destino a sua campanha a prefeito de Campina Grande. “Acusação totalmente infundada, frágil e que não se sustenta diante de qualquer averiguação mais acurada”, estranhou Romero.
Romero afirmou ainda que nunca autorizou ninguém a receber dinheiro em seu nome, em favor da campanha a prefeito em 2012 e o próprio advogado apontado como intermediário na entrega do suposto recurso em duas parcelas, já negou qualquer participação dele ou de Romero em qualquer tratativa com a organização, ainda que, em 2012, fosse legalmente permitida a doação de empresas privadas às campanhas eleitorais.
Romero disse estranhar ainda que se fale em contrato com a Cruz Vermelha quando, em verdade, Campina Grande nunca nem terceirizou serviços. “Há uma confusão de fatos na denúncia”, lamenta o ex-prefeito, pontuando que irá provar sua “inocência na Justiça”.
Pra entender – De acordo com a denúncia, no processo eleitoral em 2012, a campanha de Romero teria sido abastecida com propinas levantadas pela suposta organização criminosa desbaratada pelo Gaeco e que tinha como cabeça o ex-governador Ricardo Coutinho que, à época dos acontecimentos, era aliado do ex-prefeito.
Trata de um suposto “abastecimento” de R$ 150 mil, comandado por Daniel Gomes em 2012, para irrigar a campanha de Romero. Conforma a denúncia, Romero teria dado como garantia a implantação de uma organização social para gerir o Isea (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida e no Hospital Pedro I.
Segundo as investigações, parte do dinheiro teria sido entregue em mãos a Romero e outra, por meio do advogado Jovino Neto, que, à época, ocupava o cargo de coordenador jurídico do Estado da Paraíba. O MP reconhece, no entanto, que o então prefeito não instalou uma organização social para administrar as unidades de saúde, por conta de “rupturas e afastamentos entre integrantes dos grupos políticos” então aliados.
CONFIRA TRECHO DA DENÚNCIA…