CURIOSIDADE NA CALVÁRIO Quanto custam e quem estaria pagando os 11 advogados contratados por Coriolano?
Uma informação constante do portal do Superior Tribunal de Justiça chama atenção. No habeas corpus impetrado junto ao STJ para liberação de seus bens, sequestrados no âmbito da Operação Calvário, Coriolano Coutinho constituiu nada menos do que 11 advogados. Até a semana passada, havia 14, incluindo uma filha do ministro José Octávio Noronha (Carolina Menezes Noronha).
Ficou uma dúvida entre investigadores da Operação Calvário: quanto custam e quem estaria pagando uma banca tão ampla de advogados, inclusive vários deles de Brasília, conhecidos pelo valor cobrado por seus serviços. São oito advogados do Distrito Federal, um do Rio de Janeiro e mais um de São Paulo, afora Rigueira, de Pernambuco. Na última terça, Coriolano peticionou nos autos, alterando a sua banca anterior.
A curiosidade dos investigadores repousa no fato de que Coriolano tem declarado rendas muito inferior ao que se imagina custarem tantos advogados. Coriolano foi, durante gestão de Ricardo Coutinho, presidente da Emlur (2011 a 2012) e, depois, assessor dos deputados Damião Feliciano (até fevereiro de 2019) e Gervásio Filho (2019).
Advogados – A plêiade de causídicos é liderada pelo pernambucano Ademar Rigueira Neto e tem agora a seguinte formação: Ticiano Figueiredo de Oliveira (DF), Pedro Ivo Rodrigues Velloso Cordeiro (DF), Conrado Donati Antunes (DF), Paulo Victor Marcondes Buzanelli (DF), Vinicius Rodrigues Arouck Ferreira (DF) e Marcelo Neves Rezende (RJ).
E ainda Bárbara Lima Rocha Azevedo (DF), Francisco Felippe Lebrão Agosti (SP), Caio Fernando Rodrigues de Abreu (DF) e Fábio Ítalo Conrado Meira (DF). Os advogados trabalham em basicamente três bancas: Rigueira, Amorim, Caribé, Caúla & Leitão, Donati & Buzanelli e Figueiredo & Velloso.
Deixaram a banca Maria Carolina de Melo Amorim, Francisco de Assis Leitão, Anna Carolina Menezes de Noronha Borelli, Talita de Vasconcelos Monteiro Caribé, André Luiz Caúla Reis, Brunno Tenória Lisboa dos Santos e Eduardo Lemos Lins de Albuquerque.
Neste Habeas Corpus, protocolado desde 10 de dezembro do ano passado, Coriolano pede o relaxamento das medidas cautelares (incluindo tornozeleira) e o desbloqueio de seus bens sequestrados no âmbito da Operação Calvário. Coriolano, que se encontra preso, foi apontado como um dos líderes da organização criminosa desbaratada pelo Gaeco.
O processo, após parecer do Ministério Público Federal e Estadual, já se encontra concluso para julgamento da ministra Laurita Vaz, relatora dos feitos da Calvário junto ao STJ.