Maranhão pode liberar PMDB no segundo turno
Não será surpresa se o ex-governador Zé Maranhão anunciar, nesta segunda-feira (dia 15), a decisão de liberar a militância do PMDB com relação a apoios no segundo turno. Isto poderá ocorrer, apesar dele ter se encontrado muito próximo de anunciar apoio ao candidato Luciano Cartaxo.
Não é novidade que, nos últimos dias, o ex-candidato do PMDB sofreu uma pesada pressão de várias libras da parte de alguns deputados do partido e da cúpula nacional (leia-se o vice-presidente Michel Temer), para anunciar parceria com a candidatura do petista Luciano Cartaxo.
O que teria alterado o curso dos acontecimentos? Bem, primeiro a existência de um contingente não desprezível de peemedebistas favorável ao voto no candidato Cícero Lucena. Eles se manifestaram, inclusive, a partir das redes sociais, denunciando frustração com a opção Cartaxo.
Depois, setores familiares também se manifestaram contrários a uma aliança com o PT, agora no segundo turno, diante, por exemplo, da modestíssima reciprocidade do partido em 2010, quando se esperava a convocação de Maranhão para um cargo federal. Que terminou não vindo.
Finalmente, apoiar Cartaxo poderia desencadear a perda de prestígio eleitoral de peemedebistas simpatizantes a Cícero. Da mesma forma, apoio ao tucano certamente traria prejuízo junto a parcelas do partido favoráveis ao petista. Liberar, dentre as três opções possíveis, seria a menos traumática.
Então, a menos que haja uma mudança extraordinária de última hora, é bem provável que o ex-governador opte mesmo por liberar a militância para fazer sua própria escolha e evitar um trauma capaz de dificultar a reaglutinação do partido após o tsunami das urnas.