EFEITOS DA CALVÁRIO Investigações do Gaeco chegam a MS e expõem empresa que teria pago propina a Ricardo Coutinho
Em janeiro de 2020, o Ministério Público denunciou o ex-governador Ricardo Coutinho e mais 34 pessoas, no âmbito da Operação Calvário. Dentre os envolvidos, constou o empresário Waldemar Ábila, proprietário da empresa Brink Mobil (imagem acima), que, apenas entre 2013 e 2018, faturou perto de R$ 100 milhões, referentes à venda de material de robótica na forma de kit escolares.
As investigações chegaram ao empresário Waldemar Ábila graças às investigações da Calvário, inclusive com delação do ex-assessor Leandro Nunes Azevedo e também do ex-secretário Ivan Burity, além das contribuições de Marquito Ábila, de Curitiba, que havia sido sócio da empresa.
Durante as investigações, foi desvendada a ligação da Brink Mobil com Ivan Burity que só veio a ser revelada, a partir da delação de Marquito Ábila. O caso se deu após o rompimento litigioso dos sócios. Conforme testemunhos, Ivan foi ao Paraná pegar R$ 1,2 milhão em espécie da empresa, para a campanha de Ricardo Coutinho em 2014.
Ainda como efeito colateral, a Justiça de Mato Grosso do Sul determinou a prisão de Rodrigo Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja, também envolvido num esquema de pagamento de propinas a partir de contratos celebrados com a empresa JBS.
Há poucos dias, Marquito contatou o Blog, com a seguinte indagação: “Será que a Gaeco da Paraíba, não informou a Gaeco do Mato Grosso do Sul , sobre várias Empresas que em comum, estão sendo investigadas na Operação Calvário e algumas também fizeram vendas milionárias no Mato Grosso do Sul, onde o filho do Governador Reinaldo Azambuja, foi até preso e está sendo investigado e empresas como Brink Mobil e Editora Base, fizeram vendas milionárias e deu até problemas …?” Com a palavra o Gaeco.
Histórico – Em 2016, o conselheiro Arnóbio Vianna, então presidente do Tribunal de Contas do Estado, alertado de uma operação consistia na aquisição de 200 laboratórios de robótica à empresa Brink Mobil, ao valor estimado de de R$ 38,2 milhões, com suspeitas de superfaturamento, decidiu suspender a compra.
Mesmo assim, a compra teria sido realizada, através de outra empresa, a Conesul, que seria, na verdade, uma irmã gêmea da Brink Mobil.
TRECHO DA DENÚNCIA DO GAECO NA OPERAÇÃO CALVÁRIO…