PRIMEIRO, MORADORES DE RUA Justiça suspende imunização de professores em João Pessoa neste final de semana
Os professores vão ficar para depois. Foi o que determinou uma decisão da Justiça Federal. Com isso, a prefeitura de João Pessoa, que havia anunciado o início da imunização dos docentes, neste final de semana, terá de vacinar, primeiro, os moradores em situação de rua, presos e trabalhadores do sistema carcerário.
A decisão da juíza Cristian Maria Costa Garcez (3ª Vara da Justiça Federal) acolhe uma ação impetrada pelos Ministérios Públicos Federal e da Paraíba, e vai atrasar a vacinação em João Pessoa. Pela manhã, a prefeitura havia anunciado suspensão da imunização dos moradores de rua em função das últimas chuvas na Capital.
Em seu despacho, a magistrada pontuou: “Concedo, parcialmente, a antecipação de tutela, para determinar que o município de João Pessoa se abstenha de vacinar os trabalhadores da educação enquanto não respeitada a prioridade das pessoas em situação de rua, da população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, na ordem prevista no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid“.
Afirmou ainda não ser “possível iniciar a vacinação dos profissionais da educação antes da população privada da liberdade, os funcionários do sistema de privação e a daquelas pessoas em situação de rua, salvo se houver doses de vacina suficientes para vaciná-los concomitantemente, como fizera em relação às 18+ com deficiência, com comorbidades , trabalhadores de saúde, gestantes e puérperas como comorbidades“.
A prefeitura chegou a contestar a decisão da magistrada, alegando que a responsabilidade de vacinação dos apenados e trabalhadores do sistema carcerário é do governo do Estado.
Com a decisão da magistrada, é possível que o reinício da vacinação ocorra, apenas, a partir da próxima segunda-feira, enquanto a imunização dos professores só deve ocorrer após a vacinação dos moradores de rua.
Plano – Conforme plano anunciado pela prefeitura, a vacinação ao pessoal da Educação irá iniciar dando prioridade aos docentes de educação infantil e educação básica, seguida pelo ensino médio e os professores universitários. A estimativa é que o grupo todo seja vacinado com a disponibilização de 20 mil doses de vacina.